"Nós precisamos fazer com que esses responsáveis sejam punidos"
PUBLICAÇÃO
domingo, 17 de fevereiro de 2019
Claudio Humberto
"Nós precisamos fazer com que esses responsáveis sejam punidos"
Sen. Wellington Fagundes (PR-MT) sobre o rompimento da barragem de Brumadinho
Moro é pop também em seu próprio ministério
O mais popular ministro do governo Bolsonaro, Sérgio Moro venceria fácil qualquer concurso de Mister Simpatia no próprio Ministério da Justiça, que chefia há menos de cinquenta dias. Habituados a ministros que mal os cumprimentava, os servidores agora têm um chefe que não se isola. Ao contrário, circula no prédio, procura visitar cada setor, apresenta-se, ouve e avisa que seu gabinete está aberto a todos.
Sem afetação
Moro convive bem com a popularidade entre os colegas de trabalho. Amável e paciente, sempre topa fazer selfies, dar autógrafos etc.
Bandejão da hora
Ele poderia almoçar no gabinete, como os antecessores, mas prefere o bandejão, que assim virou o restaurante mais concorrido da Esplanada.
O sem-jatinho
Como só usa voo de carreira, Moro criou um problema: assessores têm larga experiência em requisitar jatinho da FAB e não passagens.
Sem privilégios
A assessoria tenta uma rotina que permita a Moro embarcar antes ou depois dos demais passageiros, para não os incomodar.
Presidentes editam 4,2 MPs por mês desde 2001
Desde que Medidas Provisórias (MP) foram remodeladas e passaram a ter força de lei e aplicação imediata, em 2001, os ex-presidentes Fernando Henrique, Lula, Dilma Rousseff, Michel Temer e o presidente Jair Bolsonaro criaram 872 que, eram (supostamente) relevantes e urgentes o suficiente para serem justificadas. Na prática, é como se todo mês, o presidente da República criasse mais de quatro leis, que vigoram por 120 dias sem necessidade de aprovação do Congresso.
Campeão
FHC foi quem mais "legislou" a partir do Planalto: 102 MPs, média de 6,8 por mês. Em números absolutos (419 MPs) Lula é o recordista.
Menos e mais
O presidente Michel Temer (MDB) criou 144 medidas provisórias em dois anos e 8 meses. Em média são 4,5 por mês; mais que Lula (4,4).
Distantes semelhantes
Entre a posse em 2011 e o impeachment, Dilma editou 204 MPs; cerca de 3,2 por mês. No primeiro mês de governo, Bolsonaro editou três.
Nova dinâmica
Na quinta-feira (14), o PT tentou salvar projeto do governo Lula, datado de 2010, de "cooperação educacional" entre o Brasil e a pequena ilha caribenha de São Cristóvão e Névis. Érika Kokay (PT-DF) fez pedido para retirar da pauta. O requerimento da petista perdeu por 5 a 268.
Boa notícia do MP
Em meio à apreensão após a transferência dos bandidões dos presídios para penitenciárias federais, o Ministério Público paulista tomou a decisão de criar a promotoria de Segurança Pública.
Reformar é preciso
Estudo CVA Solutions revela que 63% dos brasileiros apoiam a reforma da Previdência. A avaliação, acima dos 54% que consideram o governo bom ou ótimo, mostra que a necessidade da reforma foi compreendida.
335 votos
Para ser aprovada a Proposta de Emenda à Constituição que reforma o a Previdência no Brasil, o governo Bolsonaro precisa de 308 votos dos 513 deputados na Câmara; três quintos. Já se contabiliza 335.
Olho neles
Com cheiro de briga por holofotes, comissão da Câmara que investiga a tragédia de Brumadinho ouve nesta terça (19) os representantes do Ministério de Minas e Energia, Tribunal de Contas da União e Ibama.
O que é bom se copia
O decreto de indulto assinado pelo presidente Bolsonaro, de caráter humanitário, beneficiando presos com doenças graves, é bem parecido com a proposta do Conselho Nacional Penitenciário, relatada pelo juiz Márcio Schiefler, ex-braço direito do saudoso ministro Teori Zavascki.
Não poupar é prejuízo
O Previdenciômetro da Confederação Nacional da Indústria contabiliza mais de R$ 6,7 bilhões que teriam sido poupados se a reforma da previdência houvesse sido aprovada em 2017. São bilhões de prejuízo.
CPI proveitosa
A CPI de Brumadinho, como todas as comissões de inquérito no Congresso, tem os mesmos poderes de investigação de autoridades judiciais. A CPI pode convocar ministros, ouvir suspeitos e testemunhas, e até quebrar o sigilo fiscal e de dados da Vale.
Pensando bem...
...fevereiro já está acabando, mas o Congresso só tem a primeira semana completa de trabalho a partir desta segunda (18)
PODER SEM PUDOR
Cai fora, deputado
O jurista Paulo Brossard era deputado estadual, no Rio Grande do Sul, e discursava sobre a crise política da época e fingia não ouvir os insistentes pedidos de aparte de um adversário, Porcínio Pinto (PTB):
- Como é, vossa excelência vai ou não me dar uma palavrinha?
Brossard parou de repente e respondeu com calma e firmeza:
- Por favor, retire-se do meu discurso!
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Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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