Brasília, terça-feira, 05 de março de 2019


Cláudio Humberto



"Se o governo Bolsonaro fizer metade, será um feito gigantesco"
Delfim Netto, ex-ministro, sobre a meta de atrair R$113 bilhões em investimentos
 
Lava Jato da Educação mira os bilhões do FNDE
A Lava Jato da Educação, destacada nesta segunda (4) pelo presidente Jair Bolsonaro, dedica especial atenção aos negócios que se formaram em torno do fabuloso orçamento anual de R$56,7 bilhões Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), quase metade de todos os gastos com educação pelo governo federal. O FNDE banca merenda escolar, livro didático, compra ônibus para transporte escolar, financia creches, dá dinheiro às escolas etc.

Tem pra todo mundo
A Lava Jato da Educação investiga, por exemplo, a concessão ilegal de bolsas de ensino a distância e maracutaias em universidades federais.
 
Acordo com Moro
A investigação no âmbito do MEC nasceu de acordo firmado entre os ministros Ricardo Vélez Rodríguez (Educação) e Sergio Moro (Justiça).
 
Instrumentos de desvios
Vélez Rodríguez diz que a ideia é apurar desvios praticados por quem usou o MEC e as suas autarquias como instrumentos para desvios.

Corrupção braba
Além do presidente, Carlos Bolsonaro também publicou mensagem prevendo escândalo no MEC para Lava Jato nenhuma botar defeito.
  
Conselho de Ética do Senado parou em 2017
A última vez que o Conselho de Ética do Senado funcionou foi em 27 setembro de 2017, quando senadores discutiam se atitudes do (agora) ex-senador Lindbergh Farias (PT-RJ) de "perturbação" de sessão do próprio Conselho se encaixaria como quebra de decoro parlamentar. O relatório nem sequer foi votado. Na Câmara, o Conselho de Ética parou em dezembro de 2018, com o caso Lúcio Vieira Lima (MDB-BA).

Tempo perdido
O Conselho de Ética da Câmara discutia se iria punir o (agora) ex-deputado Lúcio Vieira Lima pelo envolvimento na Lava Jato.

No Senado
A última vez que o Conselho de Ética do Senado puniu um parlamentar foi Delcídio Amaral (ex-PT), enrolado em tentar atrapalhar a Lava Jato.

Câmara idem
Em 2016, quando o Senado cassou Delcídio, o Conselho de Ética e o plenário da Câmara cassaram o mandato de Eduardo Cunha.
 
Espertezas de Carnaval
O presidente da Vale, Fábio "Já vai tarde" Schwartzman, e diretores escolheram o sábado de Carnaval para pedir demissão, quando todo o noticiário era dominado pelas festas, a Bolsa de Valores não opera, e a mineradora que matou 320 pessoas não receberia tanta atenção.

Perseguição sórdida
O ex-ministro do Trabalho Ronaldo Nogueira sofre perseguição sórdida acusado de assinar portaria que "atenta contra os direitos humanos". Lorota. É perseguido por ter sido um dos lideres da reforma trabalhista.

Bateu, levou
O chanceler Ernesto Araújo já não deixa os críticos sem resposta. Em artigo no site Diário do Poder, ele critica o ex-presidente FHC, defensor do "consenso infame", tipo "maria-vai-com-as-outras", que favoreceu a corrupção e o enfraquecimento militar e fez do País anão diplomático.

Maduro 'piscou'
O retorno de Juan Guaidó em segurança a Caracas prova que a ditadura já não tem controle total sobre o país. Mais que isso, mostrou que o decadente tirano Nicolas Maduro "piscou".

Interesse abaixo de zero
O tríplex mais famoso do Brasil não tem atraído curiosos como era de se esperar. Leitor brasiliense que visitou o Guarujá no Carnaval foi ao edifício Solaris ficou decepcionado: "Ninguém tirando foto", ironizou.

Elevadores funcionam
O governo de Goiás admite faturas em atraso com a empresa de manutenção, mas garante: ao contrário do que afirmam servidores, à exceção de um, elevadores do centro administrativo estão funcionando.

Hotel é coisa do passado
Só no Brasil existem quase 220 mil casas, apartamentos ou quartos disponíveis para aluguel no aplicativo Airbnb. O número representa quase 10% dos leitos de hotel no país (2,4 milhões, diz o IBGE).

Ter não é exercer
As saídas de Adriana Ancelmo, de Sérgio Cabral, para cuidar dos filhos e de Lula para o velório do neto mostraram que quem tem advogado caro exerce mais direitos que os dependentes da Defensoria Pública.

Pensando bem...
...para certos políticos, ressaca pior que a do Carnaval, só a moral.

Imagem ilustrativa da imagem Lava Jato da Educação mira os bilhões do FNDE



PODER SEM PUDOR
Lógica brizolista
O então presidente José Sarney e seu ministro Dilson Funaro empolgavam o País com o Plano Cruzado quando o governador do Rio, Leonel Brizola, tomou a decisão equivocada de fechar questão contra as medidas. "Esse Plano Cruzado é uma imposição do FMI!", proclamou. O deputado e economista Tito Ryff divergiu, mas Brizola insistiu na lógica: "Para o povo, FMI é uma coisa ruim. Nós achamos que o Plano Cruzado é uma coisa ruim. Então, o plano é coisa do FMI."
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Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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