“É um governo que não vai mentir”

Presidente Bolsonaro diz por que que seu governo não satisfaz alguns “setores”

Semana terminou e mistério de tsunami continua

A semana acabou e não se desfez o mistério anunciado pelo próprio presidente Jair Bolsonaro, que na sexta (10) mencionou “tsunami na semana que vem”. Houve muitas notícias graves, da quebra de sigilo do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) às manifestações contra o contingenciamento de 3,4% das verbas das universidades públicas, passando pela delação de um dos chefões da GOL, que confessou pagamentos, por exemplo, ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

Tsunami familiar

O retorno de Flávio ao noticiário teve significado de tsunami, mas só na família Bolsonaro. E o presidente não tinha como antever a sentença.

Apenas marolinha

Protestos da oposição contra “cortes na Educação” foram expressivos, mas longe de tsunami. Já no dia seguinte, ninguém falava no assunto.

Delação surpreendeu?

A coisa muda de figura se o “tsunami” era a delação de Constantino. Mas o governo não tinha como saber do fato antes. Ou tinha?

Tempo instável

Outras crises ocorreram, incluindo a fulgurante passagem do ministro da Educação pela Câmara. Mas nem chegou a ser uma tempestade.

Dirceu teve de se explicar à filha de oito anos

O ex-ministro José Dirceu tomou a estrada às 3h da madrugada de sexta (17) para chegar a Curitiba até as 16h, a tempo de se entregar para cumprir pena de 8 anos e 10 meses de prisão. Mas, antes de partir, o sempre glacial líder do PT viveu uma situação extrema: ele se derramou tentando explicar a Maria Antonia, sua filha de 8 anos e seu xodó, por que teria de viajar de repente e ficar longa temporada fora.

Muito tempo pela frente

Ele está condenado, em segunda instância, a 30 anos pelos roubos na Petrobras e a 8 anos e 10 meses por mais propinas também na estatal.

Dez meses de despedidas

José Dirceu estava solto desde julho do ano passado. Nesses dez meses, percorreu o País fazendo palestras e autografando seu livro.

Vem aí um novo livro

No cárcere, o ex-ministro de Lula vai se dedicar ao segundo volume de suas memórias, que escreve a mão, letra miúda, com poucas rasuras.

Ajoelhou, tem que rezar

Os partidos do “centrão” já articulam derrubada da medida provisória da reforma administrativa. A ideia é colocar o governo de joelhos. E suplicando para que aceitem Ministério das Cidades e mais uns quatro.

Tucano na planície

Antes não faltavam ao deputado Aécio Neves (PSDB-MG) bajuladores, mas, nesta sexta (17), ele estava na saída do restaurante À Mano, em Brasília, sozinho, com a mão no bolso, esperando o Uber chegar.

Escreveu, não leu...

Os ânimos estão exaltados na Câmara, com uma intensa pressão. A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) já trocou três assessores. O deputado Alexandre Frota (PSL-SP) demitiu todos de uma única vez.

Fim dos irresponsáveis

Um projeto de lei em tramitação na Câmara proíbe estacionamentos pagos de colocar aviso de que não são responsáveis por eventuais furtos, danos e roubos aos bens no interior do estabelecimento.

O xis do problema

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nos EUA que as despesas obrigatórias previstas no orçamento são o problema do Brasil. “O orçamento foi cooptado por corporações públicas”, afirmou.

Agenda própria

Enquanto o governo foca na reforma da Previdência, há expectativa de aprovação rápida da reforma tributária, e sem o governo. “Congresso quer dar demonstração de força”, supõe o tributarista Felipe Fleury.

Punição vai aumentar

O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) quer tornar crime até insinuar títulos acadêmicos falsos. Hoje há apenas a acusação de falsidade ideológica, como a professora que mentiu sobre doutorado em Harvard falso.

Sangue novo

Com a derrota do ex-governador Rodrigo Rollemberg, o PSB-DF tenta encontrar novo rumo para o partido. Após a renúncia do presidente do diretório do Distrito Federal, assumiu o jovem militante Daniel Cunha.

Pensando bem...

...se não fosse flagrada pelo “VAR” fingindo ter sido empurrada, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) hoje estaria nas manchetes denunciando “agressão de deputado Bolsonarista”.

PODER SEM PUDOR

Editando o Diário Oficial

Imagem ilustrativa da imagem Semana terminou e mistério de tsunami continua

Político folclórico do Rio Grande do Norte, o major Teodorico Bezerra não poupava esforços para ajudar Santa Cruz, município de sua base eleitoral. Reza a lenda que ao saber que a vizinha Nova Cruz ganharia agência dos Correios, foi à editora do Diário Oficial e mandou trocar Nova por Santa, na ordem do serviço. Questionado por um adversário, anos mais tarde, Teodorico desconversou: “Sou um homem de 75 anos, de modo que só lembro do que aconteceu de seis horas da manhã para cá.”

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Com André Brito e Tiago Vasconcelos

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