Planalto suspeita de conspiração contra Bolsonaro
PUBLICAÇÃO
sábado, 30 de janeiro de 2021
Claudio Humberto
“Ferramenta essencial para combater a corrupção e a impunidade”
Deputado Marcel van Hattem (Novo), candidato a presidente da Câmara, sobre a PEC da Prisão em 2ª Instância
Os ânimos arrefeceram, após a atuação da turma do “deixa disso”, mas a calma é só aparente, após um importante assessor do vice-presidente Hamilton Mourão ter sido pilhado conspirando para derrubar o presidente Jair Bolsonaro. Mourão demitiu o assessor parlamentar, responsável por suas relações com o Congresso e reafirmou sua lealdade a Bolsonaro, mas o Planalto está ainda mais desconfiado do vice, já excluído de todas as decisões. Ele já não é convidado nem mesmo para reuniões banais.
Faltou chamar a PF
Para tentar superar a desconfiança e recuperar as relações com Bolsonaro, Mourão terá de fazer bem mais que demitir o conspirador.
Possível crime
O Planalto ainda avalia a possibilidade de investigação sobre eventual crime de conspiração do assessor de Mourão, mas a legislação é vaga.
Sem crime, mas...
Criminalistas não veem crime no complô do assessor. Mas “depende de investigação criminal”, explica o professor Carlos Eduardo Gonçalves.
Conluio evidente
Segundo o advogado Marcelo Diniz, “embora evidente a conspiração” para prejudicar o presidente, “não passou de atos de planejamento”.
‘Doria da vacina’ é opositor mais fraco de Bolsonaro
Apesar das tentativas do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de virar o “herói nacional” da vacina contra Covid, levantamento do instituto Paraná Pesquisa mostra que o atual presidente Jair Bolsonaro venceria todas os adversários, em eventual disputa presidencial, e que o tucano continua sendo seu adversário mais fraco. Em eventual confronto direto em 2º turno, Bolsonaro venceria o governador por 44,9% a 29,4%.
Novos números
No levantamento do Paraná Pesquisas de 28 de novembro e 1º de dezembro, Doria tinha 23,8%. Cresceu 5,6 pontos. Bolsonaro caiu 6,2.
Tucano no Z-4
No 1º turno, Doria também melhorou seus números, mas continua atrás de Bolsonaro, Ciro, Haddad e Huck, e empata com Boulos e Amoêdo.
A maior ameaça
A vitória mais apertada para Bolsonaro, de acordo com a pesquisa, seria contra seu ex-ministro da Justiça Sergio Moro: 39,1% a 37,6%.
Vacinação avança
O Brasil fechou sexta-feira (29) em 10º lugar entre os países que mais vacinaram sua população, com 1,8 milhão de imunizados. Apenas cem mil a menos que a Itália, que iniciou a vacinação três semanas antes.
De olho em 2022
O presidente ficou animado com o levantamento do Paraná Pesquisa sobre a corrida de 2022, onde lidera todos os cenários. Bolsonaro acompanha seu desempenho dia a dia, e também da concorrência.
Grana é aprovação
Assessores do Palácio do Planalto atribuem a queda na aprovação, entre novembro e janeiro, do presidente Bolsonaro não à condução da pandemia, mas à suspensão do auxílio emergencial.
Candidato 1%
Governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) se acha o líder de capaz de enfrentar Jair Bolsonaro em 2022, mas o levantamento nacional do Paraná Pesquisas apurou que ele, hoje, teria apenas 1,1% dos votos.
Caso raro
Confiante na vitória de Arthur Lira (PP-AL), o ministro Fabio Faria (Comunicações), que é deputado federal, foi às redes sociais avisar que não se desligaria do cargo para votar na eleição da Câmara.
Avanço rápido
O número de vacinados em todo o mundo vai ultrapassar o número de casos confirmados entre esta segunda e terça-feira. Quase 90 milhões foram vacinados, em relação aos 103 milhões de casos até dia 29.
Agilidade
O mundo imunizou, em média, 4,2 milhões de pessoas por dia, na última semana, segundo a plataforma Worldometer. É a maior e mais ampla campanha de vacinação da História.
Teve print
Em apenas alguns minutos virou “meme” postagem do (ainda) presidente da Câmara, Rodrigo Maia: “a única certeza que tenho é que Baleia Rossi será o próximo presidente da Câmara”. A internet não esquece.
Tic, tac, tic, tac...
Falta um dia para acabar a presidência de Rodrigo Maia na Câmara, dando uma folga nos jatinhos da FAB que ele usou quase 900 vezes.
PODER SEM PUDOR
Especialidade
Nos anos 1990, terminada a reunião de líderes no Senado, Antero Paes de Barros (PSDB-MT), revelou que começou a vida como repórter esportivo. O senador ACM, dono da Bahia, lembrou que também foi jornalista esportivo. O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) não perdeu a piada: “O senhor devia cobrir muita luta livre, tele-cat e vale-tudo, não é?”
Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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