Pesquisa: 70% não querem direito a escolher vacina
PUBLICAÇÃO
terça-feira, 02 de março de 2021
Claudio Humberto
“Estou trabalhando muito para tirar a cidade da crise rapidamente”
Ibaneis Rocha (MDB), governador do DF, que se viu obrigado a decretar lockdown total
Pesquisa: 70% não querem direito a escolher vacina
Levantamento exclusivo do Paraná Pesquisa para o site Diário do Poder e esta coluna revela que a grande maioria dos brasileiros (70,2%) não considera importante o direito de escolher a marca da vacina; apenas 29,8% gostariam de ter opções. Mas, solicitados a apontar uma vacina confiável, apenas 20,5% se dizem indiferentes. A maioria escolhe a CoronaVac (23,6%), seguida da AstraZeneca (21,2%) e Pfizer (11,3%).
Parte de baixo
A vacina da Johnson & Johnson aparece em 4º lugar com 9%. Somadas as outras citações, como as vacinas russas, são 4,1% da preferência.
Fora da curva
A vacina AstraZeneca/Oxford é a preferida na faixa etária de 45 a 59 anos e também entre os entrevistados com ensino superior completo.
Realidade
No Brasil, o governo projeta distribuir 230 milhões de doses de vacinas até julho. Dessas, são 130 milhões só da chinesa Coronavac.
Dados da pesquisa
O instituto Paraná Pesquisa entrevistou 2.070 pessoas entre 24 e 26 de fevereiro, em 192 municípios dos 26 estados e do Distrito Federal.
Ibaneis deve atenuar lockdown a partir do dia 8
O governador Ibaneis Rocha faz uma reavaliação do decreto de lockdown de 15 dias, no Distrito Federal. “A ideia é flexibilizar um pouco algumas atividades a partir da próxima segunda (8)”, segundo ele próprio confirmou. O restante das atividades deve ser autorizado a retomar a normalidade ao final dos quinze dias de vigência do decreto. Ele está trabalhando para acrescentar, até domingo (7), mais 130 leitos de UTI à rede de saúde do DF, ganhando uma folga que permita a flexibilização.
Leitos escassos
O governador monitora a todo instante a ocupação de leitos em UTI. Era de 97,4% domingo, caiu ontem para 90,4%, com apenas 22 disponíveis.
Vai melhorar
No fim da tarde, o governo distrital conseguiu articular novos leitos de UTI no DF. Serão mais 130 até domingo, 221 até quarta-feira (12).
Caminho das pedras
O governador explicou que novos leitos de UTI serão viabilizados em termos aditivos aos atuais contratos e pela ampliação da rede privada.
Outra fake news impune
Após o novo aumento criminoso no preço dos combustíveis, anunciado nesta segunda (1º), uma pergunta não quer calar: o que foi feito da fake news “interferência de Bolsonaro na política de preços da Petrobras”?
Brasil no G-6
Com 8,5 milhões de vacinados (incluída a 2ª dose), diz a plataforma Our World in Data, o Brasil só está atrás de Estados Unidos, China, Reino Unido e Índia, em número de imunizados, e empatado com a Turquia.
Oportunismo
Na contramão dos secretários de Saúde, o Conselho Regional de Medicina divulgou nota contra lockdown no DF, afirmando ser “ineficaz”. Bolsonaro fala mal do lockdown há um ano, mas o CRM-DF se calou.
Fone Difícil Bradesco
A tecnologia prega peças e o marketing também. O serviço “Fone Fácil” do Bradesco virou piada pronta. Ninguém atende. Uma gravação informa há dias que “o número chamado se encontra fora da área de cobertura”.
Jogando contra o País
Está prevista para o dia 24 a votação no Congresso do Orçamento da União de 2021, que deveria ter sido aprovado até dezembro não fosse o pouco caso do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia, que o engavetou.
Isto é Brasil
Análise da FSA Inteligência indica 20% de chance de o STF devolver os direitos políticos de Lula até 2022, apesar de mais de 3 mil provas e indícios de crimes. A consultoria considera “provável” a anulação da sentença do caso do tríplex, por 'suspeição' do então juiz Sergio Moro”.
Metade do pior
O Centro de Macroeconomia Aplicada da Escola de Economia da FGV estima alta de 2,17% no PIB do Brasil no 4º trimestre de 2020. E 2020 deve fechar com queda de 4,36%, metade dos 8% previstos em agosto.
Um ‘Brasil’
Vai custar US$ 1,9 trilhão o pacotão de auxílio do governo norte-americano, que está em análise no Senado daquele país, para combater a pandemia. Mais que todo o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
Pensando bem...
...se o empenho no combate à Covid fosse o mesmo dedicado à PEC da impunidade, a pandemia já tinha acabado.
PODER SEM PUDOR
Um hábil auxiliar
José Sarney guarda com carinho uma carta que recebeu de Jânio Quadros em 1989, quando era presidente da República. Na carta, o ex-presidente o cumprimentava pela nomeação de um antigo auxiliar seu, Augusto Marzagão. A carta definia Marzagão: “Ele foi dos mais hábeis auxiliares que já tive. É tal a sua habilidade que não tenho a menor dúvida de que, se um dia ele encontrar a morte, vai olhá-la da cabeça aos pés e dizer: ‘Nunca imaginei que a senhora fosse tão magrinha e elegante’.” Grande Marzagão.
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Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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