Perde fôlego a candidatura de Tebet no Senado
PUBLICAÇÃO
sábado, 16 de janeiro de 2021
Claudio Humberto
“Deus livre o Brasil de ter uma pessoa como Doria na Presidência”
Presidente Jair Bolsonaro sobre o governador de São Paulo, que se elegeu “Bolsodoria”
Perde fôlego a candidatura de Tebet no Senado
Começa a fazer água a candidatura de Simone Tebet (MDB-MS) à presidência do Senado. Escolhida pelos colegas de bancada em razão de suposta garantia de voto de senadores de diversos partidos e até de bancadas completas, a verdade é que isso não tem se confirmado. A demora na definição do MDB pode ter sido fatal para a candidatura. Enquanto o partido se demorava na escolha, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) fechava acordo com cada um dos votos prometidos a Tebet.
Cartas na mesa
Para se viabilizar em sua bancada, a senadora listou suas chances de apoio. Acabou convencendo os demais candidatos do MDB a desistir.
Podemos não
A senadora dava como certo o apoio da bancada do Podemos, por exemplo, mas parte dela já avisou ao MDB: “Não podemos”.
Tucanos vazaram
Simone Tebet também contava com o apoio integral dos senadores do PSDB, mas os tucanos caíram fora e fecharam com Pacheco.
Crescimento orgânico
A senadora diz que está em campanha há dois dias e que trabalha com “o crescimento orgânico da candidatura”, mas evita citar números.
Governador zelou pelo cargo e ignorou a covid
Alvo de três operações da Polícia Federal (PF) e Controladoria-Geral da União (CGU), o governador do Amazonas, Wilson Lima, é acusado de ter se preocupado demais com a manutenção do cargo e ignorou a Covid-19 que tem desolado o Estado. O deputado José Medeiros (Rep-MT) cobrou do governador o que foi feito com os R$ 2,8 bilhões entre transferências e gastos diretos do governo federal apenas para a capital Manaus. “Nem oxigênio compraram, não aumentaram leitos”, disse o parlamentar.
Culpa do governador
Apesar de recentes providências, incluindo o toque de recolher entre 19h e 6h, o governador do Amazonas tem sido responsabilizado pelo caos.
Wilson Lima enrolado
Além da forte oposição da Assembleia Legislativa, o governador Wilson Lima é alvo de investigação de corrupção pela Polícia Federal.
Ações federais
Bolsonaro diz ter feito sua parte: transferiu R$ 8 bilhões, 50 toneladas de materiais para montar hospital de campanha e leva cilindros de oxigênio.
Oportunismo rastaquera
A crise no Amazonas virou pretexto para a proposta oportunista de convocação extraordinária do Congresso no restinho de recesso. Eles não estão interessados na sorte dos amazonenses, mas na campanha para as presidências da Câmara e do Senado. Que horror.
Crueldade tucana
Os tucanos de São Paulo não gostam de idosos. Tanto a prefeitura quanto o governo estadual de São Paulo acabaram com a gratuidade para velhos nos transportes públicos, prevista no Estatuto do Idoso.
Demanda excessiva
A White Martins, que fornece oxigênio hospitalar no Amazonas, diz que a demanda no estado chegou aos 70 mil metros cúbicos por dia, esta semana, isto é, quase o triplo dos 25 mil m3 que produz diariamente.
Aval importante
O cientista Willy Beçak, ex-presidente da Fundação Butantan, dono de currículo único na área, confia no trabalho que resultou na Coronavac. Ele tem dito a amigos que vai tomar a vacina tão logo esteja disponível.
Ditadura disfarçada
O noticiário sobre a primeira eleição na Palestina após longo jejum não informa que ali se mantém uma ferrenha ditadura, marcada por repressão, prisões políticas, assassinatos e censura prévia da imprensa.
Mandou bem, garoto
Enquanto o rico governo de São Paulo doava apenas 40 respiradores ao Amazonas, o comediante e youtuber Whindersson Nunes enviou 50, além de 60 concentradores de oxigênio. E mandou o irmão fazer a entrega em hospitais, priorizando os menores e pediátricos.
Macri da França
O presidente francês Emmanuel Macron tem tudo para ser uma espécie de Maurício Macri da França: eleito como expoente da “nova política”, fez mandato desastroso, afundou o país... e suas chances de reeleição.
Montanha-russa
Segundo Paulo Penna, presidente do sindicado da indústria do cimento, antes da pandemia o setor previa crescimento de 3% para 2020. Em abril, era prevista uma retração de 7% a 9%. Mas o crescimento registrado no restante do ano resultou em crescimento de quase 11%.
Pensando bem...
...2022 está mais próximo do que parece.
PODER SEM PUDOR
A cuia e o governador
Alceu Collares era governador do Rio Grande do Sul, no início dos anos 1990, e provocou grande polêmica ao proibir o chimarrão durante o expediente, nas repartições. Naqueles dias, ele esteve em Brasília para audiência no Ministério da Agricultura e encontrou o deputado gaúcho Adão Pretto (PT) na antessala. Pretto, é claro, saboreava sua cuia de chimarrão e a ofereceu ao governador. Mas Collares a recusou com graça: “Primeiros os encargos, meu amigo, e só depois os ‘amargos’, disse, referindo-se ao sabor do mate."
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Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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