“Desde quando passou a não ser democrático no Brasil a população fazer um abaixo-assinado?”

Ex-deputado Roberto Jefferson, sobre o impeachment do ministro Alexandre de Moraes (STF)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, revelou ao senador Jorge Kajuru (Cid-GO), durante entrega do pedido de análise do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, que é favorável à fixação de mandato para ministros do Supremo Tribunal Federal. Sinalizou ainda que o Senado deve aprovar norma dificultando o exame de processos penais no STF, que para ele deve se ater a questões constitucionais.

Projetos não faltam

Tramitam no Senado projetos que alteram forma de escolha de ministros e fixam mandato de até 10 anos. Um deles é do senador Lasier Martins.

Na gaveta, não

Rodrigo Pacheco deixou claro que não vai engavetar a proposta de Kajuru, que inclui a criação da pretendida CPI da Lava Toga.

Movimentado

O abaixo-assinado, criado pelo comentarista Caio Coppola, acumulou 2,65 milhões de assinaturas até o momento da sua entrega.

Recorde absoluto

Assim como o abaixo-assinado contra Dilma, o pedido foi criado no site Change.org, e atingiu 2,5 milhões de assinaturas em apenas dois dias.

Correios nem tenta mais concorrer no mercado

A iminente privatização, com autorização e escolha de relator que trocou partido de esquerda pelo centrão, parece ter feito os Correios jogarem a toalha e desistir de concorrer no mercado. Enquanto as cartas minguam, a estatal, na prática, abriu mão das encomendas ao cobrar de 103,5% a 156,2% mais caro que outras empresas de logística concorrentes, para enviar um pacote de 20cm e cerca de 2kg de São Paulo para Brasília.

Sem noção

Enquanto orçamento de cinco empresas variou de R$77,88 a R$98,05 e já parecia abusivo, os Correios orçaram o envio em incríveis R$199,52.

Tá explicado

O orçamento fora da realidade do mercado parece ser proposital ou uma estratégia para evitar o trabalho de entregadores e facilitar a privatização.

Não pega bem

Relator da privatização, o deputado Gil Cutrim (MA) trocou o PDT pelo Republicanos e já percebeu como a banda toca atualmente nos Correios.

Guedes sem comando

Ministros culpam a falta de comando do Paulo Guedes pelo Orçamento Frankenstein. É que assessores como Waldery Rodrigues Jr (secretário da Fazenda) ignoraram os acordos de Guedes no Congresso. Assim, os parlamentares se sentiram liberados para garantir os próprios interesses.

Odorico revisitado

Já deixa o campo da política para entrar no anedotário as tentativas obsessivas do governador de São Paulo de tirar proveito eleitoral das vacinas do Butantan. Em vez de votos, poderá render desgaste.

Raquitismo

O substitutivo do relator do Orçamento, senador Marcio Bittar (MDB-AC), foi aprovado por 346x110 votos na Câmara. Revela o tamanho real da oposição, que nem Orçamento quer.

Olha o perigo

O deputado Felipe Carreras (PSB-PE) propõe criar o “passaporte digital de imunização” um atestado para cidadãos vacinados. Governos usariam a tecnologia para fazer “controle de acesso” e aplicar multas.

Furas-fila

Incansável, a pelegada do sindicalismo mais atrasado do planeta continua reivindicando o suposto “direito” de furar a fila de vacinação. Agora foi a vez dos que pedem a regalia para os arapongas da Abin.

Causa própria?

O deputado Gilberto Abramo (Republicanos-MG) quer mudar a Lei para suspender, nos 20 dias anteriores à eleição, julgamentos de recursos contra sentença que não deixou de impugnar registro de candidatura.

De mal a pior

A situação do Estado de São Paulo fica pior com registro de mais de mil mortos por dias seguidos, e com o histórico recente de superar óbitos da Espanha, país com população similar à do principal estado do País.

Economia sofre

O mercado de trabalho foi duramente afetado pela pandemia. Nos shoppings, que sofrem com lockdowns, 84% dos lojistas tiveram que demitir funcionários e 53% temem pelo fechamento definitivo das lojas.

Pergunta na memória

Quando bater a meta de vacinar 1 milhão por dia, tão modesta para o Brasil, o ministro da Saúde vai lembrar Dilma e “dobrar a meta”?

PODER SEM PUDOR

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. | Foto: Enio

Obra precipitada

Quando foi eleito prefeito de Piraí (RJ) pela primeira vez, nos anos 1990, Luiz Fernando Pezão, um dos ex-governadores do Rio presos, derrubou um bambuzal numa favela para abrir uma escadaria. No dia seguinte, acordou às 6h com uma multidão à sua porta. “É hoje que vou morrer... o que eu fiz?”, comentou com a mulher. Um rapaz, porta-voz do grupo, disse desesperado: “Pezão, você destruiu o nosso banheiro!”. Foi então que o prefeito descobriu que, antes da escadaria, precisava levar água e esgoto e sobretudo privada para as casas.

Com André Brito e Tiago Vasconcelos

www.diariodopoder.com.br

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