Nova estatal pode levar o País à geração nuclear
PUBLICAÇÃO
terça-feira, 14 de setembro de 2021
Claudio Humberto
“Se alguém quiser trocar, troco agora”
Presidente Jair Bolsonaro comenta que ‘a vida de presidente não é fácil’
Nova estatal pode levar o País à geração nuclear
Faz tão pouco sentido a nova estatal ENBpar (Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional), criada nesta segunda (13) para “controlar” outras duas, Itaipu e Eletronuclear, que especialistas já desconfiam ser outro o objetivo: usar o caixa da estatal binacional para investimentos na polêmica geração de energia nuclear. Em princípio, a nova estatal é desnecessária: os conselhos de administração das outras duas são nomeados pelo governo para definir políticas e estratégias.
Olho no caixa
O governo está de olho no caixa e principalmente no potencial de Itaipu Binacional, inclusive para alavancagens em dólares.
Primo rico
Em 2023, quando o tratado que criou Itaipu completa 50 anos, sua dívida será zerada e a receita anual livre vai a US$ 2 bilhões (R$ 10,4 bilhões).
É só o começo
A nova estatal nasce com a denominação “participações” sugerindo, por exemplo, uma constelação de futuras empresas no campo nuclear.
Promessa pendente
O fato é que o presidente Jair Bolsonaro prometeu vender ou fechar estatais, mas, até agora, mil dias depois, quase nada aconteceu.
Após Lula, STF pode livrar também Eduardo Cunha
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deve enfrentar nesta terça-feira (14) a “saia justa” de manter o entendimento que livrou o ex-presidente Lula, ao avaliar a anulação das condenações de Eduardo Cunha (MDB), ex-presidente da Câmara dos Deputados que ainda cumpre pena, agora no regime aberto, em razão de vários crimes ligados a corrupção. A decisão favorecendo Lula impediu que novos julgamentos fossem realizados antes do registro de sua candidatura, em 2022.
Otimismo
Nos meios jurídicos, a convicção é que Eduardo Cunha já conta em seu favor com três dos cinco votos da Segunda Turma do STF.
Voto importante
Na decisão que livrou Lula, até a ministra Cármen Lúcia mudou o entendimento para votar favorável à pretensão do ex-presidente.
Decisão polêmica
Se a decisão que livrou Lula e viabilizou sua candidatura deixou políticos do PT felizes, no caso de Cunha o STF não deve ouvir elogios.
Diz aí, presidente
Nesta terça (14), o plenário da Câmara vai sediar a comissão geral para debater, com o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, as termelétricas, e especialmente o preço estratosférico dos combustíveis.
Dois passos atrás
Para o deputado Danilo Forte (PSDB-CE), que pediu debate com o presidente da Petrobras, Joaquim Luna e Silva, o uso recorde de termelétricas movidas a gás e carvão é “claramente um retrocesso”.
Mico na Paulista
O fracasso das manifestações contra o governo colocou em xeque os institutos de pesquisa: de acordo com o Datafolha, citado por João Doria, 52% dos brasileiros não querem Bolsonaro, nem Lula. Exatamente a turma que não deu as caras nos protestos de domingo (12).
Explica aí, pesquiseiro
Outro desafio das pesquisas é explicar por que Bolsonaro, na “zona de rebaixamento” das intenções de voto, atraiu milhões de manifestantes em seu favor, enquanto seus opositores fracassariam cinco dias depois.
Meu pirão primeiro
Pautas como o fim do foro privilegiado dormitam anos nas gavetas do Congresso, mas a tramitação do que interessa aos parlamentares ganha velocidade de Fórmula 1. É o caso do novo Código Eleitoral.
Causou
Causou reações nas redes sociais o vídeo do governador de São Paulo, João Doria, pulando e dançando em frente a uma multidão, com bandeiras da UGT, do MBL, do Brasil e “Fora, Bolsonaro”.
A verificar
Pesquisa Mapa/Neokemp sobre critérios do brasileiro para o voto revela que o comparecimento às urnas crescerá em 2022, após a abstenção bater recordes em 2018: 87% dos entrevistados dizem que vão votar.
Situação nova
Diretor do Instituto de Direito de Família, Ricardo Calderón disse que a Justiça já avalia a “união estável virtual”. Para ele, a pandemia revelou casos em que a maioria das provas da união são de convivência virtual.
Pensando bem...
...as manifestações de domingo sepultaram a terceira via antes da segunda.
PODER SEM PUDOR
Empate deu nocaute
Os deputados Íris de Araújo (GO) e Cezar Schirmer (RS) disputavam no PMDB a última vaga de suplente na bancada brasileira do Parlamento do Mercosul, e a votação deu empate. Pelo regimento, o desempate se dava pelo critério de idade: vence o mais velho. Schirmer foi logo declarando a idade: 55 anos. A deputada olhou para um lado, para outro, e jogou a toalha: “Abro mão da disputa em favor do deputado Cezar Schirmer. Não revelo a minha idade por nada neste mundo!”
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Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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