Militares tentam reaproximar Mourão de Bolsonaro

Há um trabalho intenso no Planalto para “reintegrar” o vice-presidente Hamilton Mourão ao “núcleo duro” do governo, do qual foi afastado, sem prévio aviso, em razão das diferenças de opinião com o presidente Jair Bolsonaro, que não hesitava em tornar públicas. Mourão passou a ocupar espaços e atrair simpatizantes. Mas no Planalto foi até taxado de “demagogo”, pelas declarações “que a imprensa queria ouvir”.

Mosca azul

“Ele foi mordido pela mosca azul, mas está na hora de voltar receber missões, que cumpre com presteza e rigor”, avalia destacado general.

Desapareceu

Mourão evita holofotes desde maio, auge das queixas, quando deixou de contar com a assessoria competente de André Gustavo Stumpf.

Até no Congresso

O deputado Marco Feliciano (Pode-SP), ligado a Bolsonaro, chegou a pedir impeachment de Mourão por “desdizer” o presidente.

No auge

Carlos Bolsonaro, filho do presidente, disse achar “estranhíssimo o alinhamento” de Mourão com políticos que detestam o presidente.

Otimismo na Economia contrasta com apreensão

As equipes econômica e técnica de Jair Bolsonaro andam tão otimistas com o futuro que, no governo, são os únicos que não perdem um minuto de preocupação com declarações do presidente que geram crises diárias, até no exterior. Preocupam-se mais com a travessia de 2019. “O País quebrou”, têm dito membros importantes do Ministério Economia, como Rogério Marinho, com a certeza de quem conhece as contas e sabe que a situação é muito pior do que eles deixam escapar.

Confiança no futuro

“Este é o ano da ruindade”, diz Marinho a amigos, com seu jeito manso de falar. É um dos mais confiantes no futuro imediato do País.

Não vê quem não quer

Nas horas de folga, a área econômica do governo se diverte ironizando a incapacidade da imprensa de perceber o que está por vir.

Nunca antes neste país

Na Infraestrutura, que vive a expectativa da privatizações e concessões já em 2020, o clima é de euforia com investimentos de R$ 208 bilhões.

Melhor testemunha?

A CPI do BNDES ouve neste terça-feira (10) o empresário Fernando Mendonça França, investigado da Operação Ararath, da Polícia Federal. Ele foi chamado pelo deputado Altineu Côrtes (PL-RJ) para falar como testemunha sobre falcatruas internacionais do BNDES.

Bancada da bala

Criada para estigmatizar deputados contrários à legislação que favorece os criminosos, a expressão “bancada da bala” passou a ser usada pelos próprios integrantes da Frente Parlamentar de Segurança.

Bom começo de mês

Segundo a Bolsa de Valores (B3), entre 2 de janeiro e 4 de setembro, os investidores estrangeiros aportaram R$ 1,7 bilhão em recursos no mercado de renda variável no Brasil.

Ampliação do porte

Está na pauta da Câmara esta semana o projeto que amplia os casos em que é permitido o porte de armas de fogo. A regularização poderá ser feita em dois anos, a partir da publicação da futura lei.

Dinheiro do tráfico

Umas das Medidas Provisórias a serem discutidas na Câmara, esta semana, agiliza o repasse a estados e ao Distrito Federal dos recursos decorrentes da venda de bens apreendidos de traficantes de drogas.

Chegou a hora

O plenário do Senado começa a analisar a reforma da Previdência nesta terça. A PEC original (já aprovada na Câmara) e a “paralela”, que inclui estados e o DF na reforma, estão prontas para serem votadas.

Acordo pela reforma

Presidente do Senado, Davi Alcolumbre tenta acordo para votar a reforma da Previdência nesta quarta (11), cancelando o interstício (intervalo). Se não conseguir, serão cinco sessões entre os dois turnos.

Trabalheira

A Advocacia-Geral da União zerou o passivo de processos e pareceres consultivos pendentes de manifestação jurídica de órgãos da AGU, todos parados desde 2012. Os que sobraram foram abertos este ano.

Pensando bem...

...a última vez que um escândalo policial começou nos Correios, o País conheceu o Mensalão de Lula e seu PT.

PODER SEM PUDOR

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| Foto: Ênio

Tricolor doente

Além da salutar irreverência, o genial pianista Arthur Moreira Lima é reconhecido, talvez, como o mais “doente” dos torcedores do Fluminense do Rio. Certa vez, ao ser apresentado a um conhecido e respeitado embaixador brasileiro, o músico ouviu do diplomata: “Muito prazer, Vasco Leitão da Cunha.” Arthur respondeu de bate-pronto:

- “Prazer, Fluminense Moreira Lima.”

Com André Brito e Tiago Vasconcelos

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