“Adivinha quem pagamos (sic) esta conta”

Deputado Daniel José (Novo-SP) ironizando o plano de saúde para filhos de até 33 anos de senadores e de funcionários do Senado

Governo federal mantém esquema com aéreas

Continua a farra da compra direta de passagens às empresas aéreas usando cartão corporativo, cuja implantação no governo Dilma (PT) motivou operação da Polícia Federal. O esquema objetivou eliminar as agências de viagem do processo de compra, transformar as aéreas nos únicos fornecedores pagos à vista, garantir aumento de lucros com a cobrança de “tarifa cheia” e a dispensa de recolher impostos na fonte. Foram quase R$50 milhões de impostos embolsados em quatro anos.

Gastos aumentam

Somente nos primeiros 50 dias deste ano, o governo Bolsonaro gastou R$45 milhões em passagens aéreas, tudo pago à vista, tarifa cheia.

A origem

A jogada foi concretizada no Ministério do Planejamento, na ocasião chefiado por Paulo Bernardo, aquele que chegou a ser preso.

Aéreas lucram mais

O governo nada economizou. Apenas garantiu “tarifa cheia” às empresas aéreas e as dispensou de pagar comissão às agências.

Nada de concreto

O Ministério da Economia se recusa a revelar se estuda mudanças nas compras ou se acompanha os debates sobre o assunto no Congresso.

Na mídia estrangeira, o que é bom se esconde

Veículos estrangeiros invertem a máxima segundo a qual “o que é ruim a gente esconde”, preconizada por Rubens Ricúpero, então ministro da Fazenda do governo Itamar Franco. Lá fora, quando se trata de Brasil, esconde-se o que é bom. Mesmo quando se trata de fato sem paralelos no mundo, como por exemplo a redução de 21,1% dos assassinatos e 10.000 mortes a menos, entre janeiro e outubro de 2019. A notícia foi ignorada por quase todos os veículos na Europa e nos Estados Unidos.

Que redução?

De todos os veículos estrangeiros representados no País, só um citou a redução de crimes violentos, mas tentou desqualificar o feito brasileiro.

É bom, mas...

O espanhol El País até noticiou, mas cedeu ao ativismo acusando a polícia do Rio por 1.800 mortes. Ignorou, claro, os policiais executados.

Mortes em 1º lugar

A TV Al Jazeera mancheteou o que acha mais relevante que 10 mil mortes a menos em 2019: “Assassinatos no Rio pela polícia disparam”.

Rasteira do destino

O líder do PP, deputado Arthur Lira (AL), foi à Câmara apoiado em bengalas. Suspeitaram de rasteira de Rodrigo Maia, mas na verdade rompeu o tendão da coxa direita caminhando apressado no aeroporto.

Pornográfico é isto

Usaram um vídeo de Davi Alcolumbre com o próprio pai para atribuir comportamento inadequado ao presidente do Senado. Pior é a decisão dele, imitando Rodrigo Maia outra vez vez, de nos fazer pagar plano de saúde para filhos de até 33 anos de quem trabalha no Senado.

Posse histórica

Brasília para nesta quarta (19) na posse de Cristina Peduzzi, primeira mulher a presidir o Tribunal Superior do Trabalho (TST). A ministra é uma das personalidades mais admiradas na Justiça brasileira.

Só amplexos e complexos

Deputados saíram frustrados da reunião com Lula, em Brasília, ontem. O ex-presidiário só se deixou abraçar e nada fez de relevante, exceto admitir seu complexo de inferioridade em relação ao “intelectual FHC”.

Notícias positivas

O presidente do BRB, o Banco de Brasília, Paulo Henrique Costa, vai anunciar nesta quinta (20) o balanço do 4º trimestre de 2019. Não dá para antecipar números, mas o clima na instituição é de euforia.

Como num domingo

Deputados largaram a sessão de debate, nesta terça (18), e lotaram o restaurante do plenário para não perder na TV Borussia Dortmund contra o PSG de Neymar em campo. Ainda fizeram ouvidos moucos aos chamados de Júlio Delgado (PSB-MG) para uma votação nominal.

Já deu

Ângela Furtado foi demitida do Inmetro, acusada de se deixar envolver pela petelhada que aparelhou o instituto. Seu substituto será o coronel Marcos Heleno de Oliveira Júnior, da arma de engenharia do Exército.

Herói sem capa

Uma das estrelas do impeachment de Dilma, o procurador do Ministério Público de Contas junto ao TCU Júlio Marcelo Oliveira jantou com a família no Abbraccio, em Brasília. Sem importunação, só admiração.

Pensando bem...

...o Carnaval, a “festa da carne”, no Congresso será a festa do ócio.

PODER SEM PUDOR

Simon e seu acento

Imagem ilustrativa da imagem Governo federal mantém esquema com aéreas
| Foto: Charge

Quando chegou ao Senado, em 1974, o gaúcho Pedro Simon estreou sob o signo da dúvida: como se deveria pronunciar corretamente o seu sobrenome? A pergunta interessava até às taquígrafas. Logo no primeiro dia Simon fez um discurso, já sublinhando as frases com gestos marcantes, até teatrais. Atacava corajosamente a ditadura. O senador Jarbas Passarinho, governista, com ar grave, pediu um aparte. “Ouço o nobre senador Passarinho”, aquiesceu o gaúcho. “Gostaria que V. Exa. esclarecesse de uma vez por todas: afinal, como devemos chamá-lo? Símon ou Simón? Seu acento é na frente ou atrás?” O plenário caiu na gargalhada. E Simon não respondeu.

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Com André Brito e Tiago Vasconcelos

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