Governo deve escancarar ‘caixa-preta’ do Ecad

Determinado a acabar com “cartórios” que privilegiam interesses particulares, o governo Bolsonaro deve abrir também a “caixa preta” do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição). Apesar da pose de agência reguladora, o Ecad é privado e em 2018 faturou mais de R$ 100 milhões a título de comissão de 10% sobre R$ 1,1 bilhão arrecadados. O Ecad informou que os quase R$ 100 milhões faturados em 2018 são gastos em “despesas operacionais e administrativas”.

Montanha de dinheiro

O Ecad diz distribuir 85% da arrecadação (R$ 971 milhões em 2018) por “direitos autorais”. Do total, 5% são das “associações”.

Direito, só o de pagar

Quem quer que ouça música em alto volume fica sujeito às altas taxas de “direitos autorais” cobradas pelo Ecad sem direito a contestações.

Como funciona

O que é pago por restaurantes, bares e etc. seria destinado a músicos “e demais artistas” filiados às associações que administram o Ecad.

Quem paga

Emissoras de rádio e TV são obrigadas a pagar 2,5 % do próprio faturamento bruto mensal ao Ecad, usina de fazer dinheiro.

Pesquisa nacional: 25% não sabem o que é FGTS

Levantamento exclusivo do Paraná Pesquisa contratado pelo site Diário do Poder e esta coluna demonstra a falta de conhecimento de quase um quarto da população brasileira sobre o que é ou como funciona o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço): 24,7% do total dos entrevistados admitiram não saberem nem para que serve o FGTS. A pesquisa nacional foi realizada nos 26 estados e no Distrito Federal.

Beneficiados

Entre os 75,3% que confirmaram saber o que é FGTS, 67,7% disseram que já foram beneficiados por saques ou pagamentos do fundo.

Desconhecimento

A menor taxa de conhecimento sobre o fundo está entre entrevistados apenas com ensino fundamental: 35% não sabem o que é FGTS.

Dados da pesquisa

O Paraná Pesquisa ouviu 2.082 brasileiros em 174 municípios entre os dias 5 e 9 de agosto. A margem de erro é de aproximadamente 2%.

Férias remuneradas

A greve do Metrô de Brasília, que durou dois meses, foi tão inútil que durante a paralisação até o número de pessoas transportadas subiu de 3,5 milhões em julho de 2018 para 3,7 milhões até julho deste ano. Não por acaso, os metroviários querem expulsar a pelegada do sindicato.

Bolsodoria 2022

São remotas, por enquanto, as possibilidades de João Doria assumir uma candidatura de oposição a Jair Bolsonaro, em 2022. A prioridade do tucanato é obter o apoio do presidente ao candidato do partido.

Suspeitas falsas

As acusações contra o presidente do Paraguai são produto da ignorância do Tratado de Itaipu, que só permite a venda da energia produzida pela usina para a Eletrobras e para a paraguaia Ande. Somente estas empresas podem comercializar a energia da usina.

Meados de outubro

A expectativa do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), é que dure até 65 dias a análise da reforma da Previdência. Mas o 65º é um domingo, isso empurraria o prazo final para 15 a 17 de outubro.

Centrão na relatoria

A comissão especial que vai analisar a reforma tributária se reúne na nesta terça (13) para avaliar o roteiro de trabalho sugerido pelo relator deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que é do “centrão”.

Fim de benefícios

O Senado avalia transformar em projeto uma proposta popular, apoiada por mais de 20 mil internautas, que proíbe a concessão de pensão, aposentadoria ou plano de saúde a quem exerceu um mandato eletivo.

Rota do crescimento

Os governadores Ibaneis Rocha (DF), Ratinho Junior (PR) e Carlos Moisés (SC) participarão no dia 21, em Curitiba, do 3º Fórum de Gestão Pública que vai discutir os caminhos do crescimento.

Calendário de 2020

As eleições municipais de 2020 batem à porta. Convenções começam em menos de um ano e propaganda eleitoral gratuita vai de 26 de agosto a 29 de setembro de 2020. O 1º turno será em 4 de outubro.

Pergunta no Palácio

Quem vai ganhar o prêmio de quem mais hostiliza jornalistas: PT ou Bolsonaro?

PODER SEM PUDOR

Zona de qualidade

Imagem ilustrativa da imagem Governo deve escancarar ‘caixa-preta’ do Ecad
| Foto: Ênio

Disputando o governo do Paraná com Jayme Lerner, em 1994, Alvaro Dias resolveu apresentar algumas propostas que considerava inovadoras, como a criação de certas “zonas de excelência industriais”. Ele chegou em Realeza e, claro, prometeu a plenos pulmões, em discurso, que levaria ao município uma “zona de excelência”. O prefeito o interrompeu, preocupado:

- O senhor explique melhor essa história porque vai ter gente achando que “zona de excelência” é bordel com cama redonda e espelho no teto...

Com André Brito e Tiago Vasconcelos

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