“Muita gente enche a boca torcendo pelo vírus”

Senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) sobre a hipocrisia de colegas na CPI da Pandemia

Exclusivo: 57% admitem pena de morte no Brasil

Levantamento nacional exclusivo do Paraná Pesquisa para o Diário do Poder e esta coluna revela que a grande maioria (56,7%) dos brasileiros é a favor da pena de morte para assassinos bárbaros, enquanto 37,3% são contra a pena capital e 6% preferem não opinar. Em todos os recortes da pesquisa, por sexo, região, escolaridade etc., a maioria defende a pena de morte nesses casos, revelando inconformismo com a impunidade.

Diferença grande

Uma das maiores diferenças no apoio à pena capital está entre homens, dos quais 61,8% são favoráveis, e mulheres (52,1%).

Quase empate

Entre aqueles com ensino superior completo, 49,4% são a favor da pena capital e 46,7% contra. Apenas 3,8% desse grupo subiram no “muro”.

Regional

Entre as regiões, a pena de morte tem o maior apoio no Sul (60,4%) e Sudeste (59,8%). No Nordeste o apoio é de 51,3% dos entrevistados.

Pesquisa nacional

O Paraná Pesquisas ouviu 2,5 mil eleitores em 228 municípios, entre 14 e 19 de maio, em entrevistas pessoais telefônicas, não robotizadas.

CPI exibe mais ‘lacrações’ do que indagações

Encerrando de forma constrangedora a sessão desta quinta-feira (20) da CPI da Pandemia, a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) mostrou por que depoimentos servem apenas de pretexto para que os senadores façam “lacração” e não indagações: “Eu não estou nem interessada na resposta dele”, disse ela após concluir a própria lacração, formulando juízo de valor sobre o tema da CPI e do ex-ministro Eduardo Pazuello.

Relatório pronto

Líder do DEM no Senado, Marcos Rogério (RO) definiu a inutilidade dos depoimentos: “O relator iniciou a CPI com o relatório debaixo do braço”.

História da Carochinha

Em sua lacração, Zenaide Maia (Pros-RN) mostrou que crê em duendes. Disse que a Covid matou 6 mil na China, país de 1,5 bilhão de habitantes.

Sem câmera, outro papo

Longe das câmeras, lacradores se revelam: vídeo mostra Eduardo Braga (MDB) dizendo que não faltou dinheiro e culpou o governo do Amazonas.

Foi dada a largada

Pesquisa realizada pelo instituto Opinião em Pernambuco mostra a deputada Marília Arraes (PT) liderando as intenções de voto para o governo de Pernambuco com 26,9%, mais que a soma dos adversários.

Faltou a lista

Valderlan Cardoso, senador pelo PSD-GO, expôs a “ingratidão” na CPI dos colegas que agora atacam o ex-ministro Pazuello, mas o elogiavam há pouco tempo por atender pedidos de meios para combater a Covid.

História ignorada

Enquanto a CPI desviava o foco, economistas preveem crescimento de até 4,5% do PIB, a Câmara fazia História aprovando a privatização da Eletrobras e o ministro da Economia, Paulo Guedes, divulgava a arrecadação recorde registrada em abril último: R$ 156,8 bilhões.

Trabalhar cansa

Funcionários da Petrobras Biocombustível, em processo de privatização, decidiram fazer greve. Pela manutenção dos privilégios, claro. Sabem que no setor privado só há estabilidade com dedicação e competência.

Para jornalista ver

Será realizada nesta sexta (21) a Cúpula Global de Saúde do G20, grupo das vinte maiores economias, em Roma, onde será debatida a “quebra” ou “flexibilização” ou “suspensão” de patentes. Não há consenso.

Ajuda direta

A PepsiCo, uma das maiores empresas do mundo, doou mais de 148 mil produtos (31 toneladas de alimentos), que serão distribuídos pela Associação Comunitária para Valorização do Heliópolis (SP).

Qualquer semelhança...

Citada na CPI como exemplo, a China condenou o fundador do jornal Next Daily, de Hong Kong, com base em uma lei de segurança nacional depois de “assembleias não autorizadas” durante os protestos de 2019.

...não é coincidência

A condenação de Jimmy Lai incluiu o bloqueio de bens, que levaram à suspensão da negociação das ações do grupo na bolsa e da circulação da edição impressa do Apple Daily, jornal do grupo vendido em Taiwan.

Pensando bem...

...quem votos não tem, com CPI fere.

PODER SEM PUDOR

Nobre malvadeza

Imagem ilustrativa da imagem Exclusivo: 57% admitem pena de morte no Brasil
| Foto: Enio

Os senadores discutiam o projeto de recriação da Sudene, na Comissão de Desenvolvimento Regional, quando o tucano Tasso Jereissati (CE) passou a palavra “ao senador Antônio Carlos de Magalhães”. Explicou que a preposição foi usada, no passado, para designar nobres, “e não há político mais nobre que ACM”. O velho e saudoso babalaô falou e depois provocou risadas: “Agora devolvo a palavra ao senador Tasso de Jereissati...”

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Com André Brito e Tiago Vasconcelos

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