"De repente, Lula se tomou de muito ódio”

Ciro Gomes sobre o comportamento do ex-presidiário petista

Exame da ‘ficha’ adiou anúncio de Feder para 2ª

O presidente Jair Bolsonaro convidou Renato Feder por telefone, na manhã desta sexta (3), para assumir o Ministério da Educação. O convite foi aceito. Mas ele foi avisado de que seu nome passaria por “pente fino”, como ocorre a todos os indicados para cargos. Esse levantamento, e não “pressões” de aliados, levou o Planalto a retardar o anúncio, que deve ser feito nesta segunda-feira (6). Mas preocupou o governo a denúncia de suposta sonegação de impostos de empresa da qual Feder é sócio.

Briga na Justiça

A Multilaser é acusada de não pagar R$ 3,2 milhões em ICMS, mas a empresa atribui isso a um calote de R$ 95 milhões do governo paulista.

Sócio afastado

A empresa de Feder é especializada em produtos de tecnologia (notebook, tablet, celular, acessórios etc.), da qual se afastou em 2018.

Aliados não pressionam

Aliados de Bolsonaro preferiam um deles chefiando o MEC, mas jamais contestariam a escolha de Bolsonaro, que deseja um nome técnico.

Fritura inevitável

O Planalto admite que a demora no anúncio deixa Feder “exposto”, mas é mais importante não permitir a repetição do vexame Decotelli.

Emissoras reagem ao furor arrecadatório do Ecad

O escritório particular de “arrecadação de direitos autorais”, de sigla Ecad, esperteza que há décadas controla esse mercado bilionário, chega a cobrar de emissoras de rádio e TV até 2,5% do faturamento comercial. Insaciável, percebeu nas “lives”, comuns na pandemia, a chance de faturar ainda mais. Assim, ao promover “lives” retransmitidas por Youtube, as emissoras de TV têm sido notificadas a pagar em dobro. Emissoras já recorrem à Justiça para conter tanta ganância oportunista.

Comissão esperta

O Ecad esconde o jogo, mas em 2018 faturou R$1,1 bilhão. Essa empresa privada fica com 10% da bolada, a título de “comissão”.

Artistas recebem pouco

Enquanto “comissões” de mais de R$ 100 milhões anuais fazem a alegria do Ecad, os artistas se queixam dos valores irrisórios que recebem.

Vai ter de explicar

O Ecad foi intimado pela Secretaria de Cultura a explicar sua nova esperteza arrecadatória, explorando emissoras e artistas de “lives”.

Pendurado na brocha

Poderia ser resumida em uma frase a nota do PSDB sobre a operação da Polícia Federal contra o senador tucano José Serra (SP): te vira, malandro. Agora controlado por João Doria, o PSDB não deu a mínima.

Saúde é o que interessa

Amigos de José Serra estavam mais preocupados ontem com a saúde do senador tucano do que com as acusações da força-tarefa da Lava Jato em São Paulo. A saúde de Serra é delicada.

Conservador-raiz

O deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) reconheceu ontem que a nomeação do titular do MEC é atribuição exclusiva do presidente, mas opinou que o escolhido “não deve ser neutro” e sim “conservador-raiz”.

Usina de fake news

A mais recente invenção da usina televisiva de fake news é a de que o virtual ministro de Educação, Renato Feder, teria “exigido” o controle do FNDE. Lorota. Feder não é burro, nem Jair Bolsonaro tão tolerante.

Convenção de fã-clubes

Sexta é dia morno de fofocas, nas repartições. No 3º andar do Planalto, ontem, a conversa era a suposta demissão de atores como Tony Ramos, Lima Duarte e Antonio Fagundes. O clima era de revolta contra a Globo.

Papo de peruas

Sem-teto? A primeira-dama de São Paulo, Bia Doria, disse que “a rua hoje é um atrativo” e que “a pessoa gosta de ficar na rua”. Mostrou com isso que jamais usou dez segundos na vida refletindo sobre o assunto.

Menos é mais

Sabendo que a tecnologia será ainda mais fundamental no retorno ao trabalho, o Ministério da Economia fechou parceria com a Microsoft. A expectativa é de economia de 22,71% com as licenças dos programas.

Luz no fim do túnel

Após três meses de queda agressiva, as vendas de carros no Brasil em junho fecharam com alta histórica de 116,68%, comparadas a maio: 122 mil veículos. A venda de caminhões e ônibus também cresceu.

Pensando bem...

...o silêncio do presidente chama atenção, mas é o silêncio dos filhos que dá alívio.

PODER SEM PUDOR

Sexo de governador

Imagem ilustrativa da imagem Exame da ‘ficha’ adiou anúncio de Feder para 2ª

Israel Pinheiro era governador de Minas Gerais e conversava com amigos no Hotel Nacional, em Brasília, quando precisou ir ao banheiro. Ele ia entrando no toalete feminino e foi barrado por uma funcionária: “Dr. Israel, este banheiro é feminino...” Ele retrucou, mineiramente: “Minha filha, e governador tem sexo?”

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Com André Brito e Tiago Vasconcelos

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