“Vou ficar refém dele a vida inteira? Não tem sentido”

Senador Jaques Wagner (PT-BA), quem diria, sobre o ex-presidiário Lula

Dados atestam que eleição provocou alta da covid

Os números não mentem e comprovam que as eleições foram a causa principal da súbita alta nos casos de covid no Brasil. Dia 6 de novembro, a média de casos era de 16,1 mil, a menor desde maio, mas disparou na reta final da campanha até atingir no dia 17, dois dias depois do 1º turno, a marca de 30,1 mil, alta de 87%. Depois de se estabilizar e até cair por alguns dias, a média voltou a subir e fechou no dia 30, logo depois do 2º turno, em cidades populosas, em 35,5 mil, alta de 120,5% desde o início.

Não é coincidência

Os epidemiologistas explicam que o resultado das atitudes tomadas hoje só é sentido de 10 a 15 dias depois. Exatamente o que ocorreu no Brasil.

Especialista concorda

João Gabbardo, coordenador do combate à covid em SP e ex-número 2 do Ministério da Saúde, vê a campanha como principal causador da alta.

Ritmo menor

O ímpeto diminuiu na campanha do 2º turno por envolver apenas 57 cidades, mas com mais de 200 mil eleitores, entre as maiores do país.

Passada a eleição

O Imperial College de Londres se preocupou com a taxa de contágio de 1,3 na campanha, mas mostrou alívio com a queda para os atuais 1,03.

Mercado prevê que o Brasil crescerá 4,1% em 2021

O documento “Investment Outlook 2021” do banco Credit Suisse, ao qual esta coluna teve acesso, contém estimativas mais otimistas para o Brasil no ano que vem do que a própria equipe do Ministério da Economia. Se o ministro Paulo Guedes espera em 2021 um crescimento de 3,5% a 4%, o banco suíço estima que o Produto Interno Bruto (PIB) subirá 4,1%, com a ressalva de que é preciso aprovar as reformas tributária e administrativa. O banco suíço de investimento prevê tombo de 4,8% no PIB deste ano.

Tragédia primeiro

O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional previam queda de mais de 9% do PIB do Brasil, após a pandemia. Já revisaram os chutes.

Recorde da década

A alta de 4,1% do PIB brasileiro em 2021 representaria o maior aumento da economia desde 2010, quando cresceu 7,5%.

Caminho certo

Para o Credit Suisse, o Brasil tem condições de observar o crescimento da economia e da confiança, com a queda na taxa de juros.

Apagão saiu barato

Já não se fala em punir por negligência a empresa acusada de provocar o apagão no Amapá. A LMTE ainda receberá um cheque de R$ 1,9 bilhão do Tesouro Nacional, endossado por Bolsonaro, para pagar a conta de luz dos amapaenses. Noves fora, prejuízo só para quem paga impostos.

Investigar é preciso

PF e Ministério Público Federal deveriam investigar o que fez a “agência reguladora” Aneel antecipar a bandeira vermelha, garantindo faturamento extra para empresas de energia. Reservatório vazio é que não foi.

Vale-tudo no Congresso

Rodrigo Maia faz o diabo contra a candidatura de Arthur Lira (PP-AL) à presidência da Câmara. Seu aliado mais recente é Renan Calheiros (MDB-AL), que acaba de perder mais uma em Maceió.

Essa gente tem mola

Para os que acreditam que os derrotados de 2020 estão politicamente mortos, o cientista político Paulo Kramer lembra uma sábia advertência do piauiense Heráclito Fortes: “Em política, fundo do poço tem mola...”

Ateu, graças a Deus

Militante comunista a vida inteira, o ex-deputado e ex-ministro Aldo Rebelo saudou a eleição de 2020 como a festa da democracia. Ele afirmou que, “se Deus quiser”, a política triunfará sobre o radicalismo.

Legado como ativo

Se dependesse do prefeito no Recife, Geraldo Júlio, o mais “visitado” pela PF em 2020, João Campos (PSB) teria dificuldades, mas pesou o legado do pai. E Marília Arraes pagou preço alto pelo fardo chamado PT.

João, um brasileiro

Os sergipanos prestam bonitas homenagens a João Alves Filho, falecido dias atrás em Brasília. O ex-governador, ex-ministro e ex-parlamentar é considerado um dos maiores brasileiros de todos os tempos.

Xô, atraso

Jeronimo Goergen (PP-RS) lembrou do apoio de 5 ex-reitores da UFRGS a Manuela (PCdoB) em Porto Alegre e parabenizou Bolsonaro por nomear o novo reitor, “tirando a Ufrgs das mãos da esquerda retrógrada”.

Pensando bem...

...o primeiro turno virou segunda onda.

PODER SEM PUDOR

Praga de gafanhotos

Imagem ilustrativa da imagem Dados atestam que eleição provocou alta da covid
| Foto: Charge

Após um duro discurso contra a medida provisória para combater a praga de gafanhoto no Senegal (!), o deputado José Thomaz Nonô (PFL-AL) foi abordado por um repórter: “O senhor não acha justa essa MP?” Ele respondeu: “Eu seria favorável se fosse para acabar os gafanhotos nacionais, principalmente aquele tipo de gafanhoto que come verdinhas...” E foi embora.

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Com André Brito e Tiago Vasconcelos

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