Cotão parlamentar já custou R$96 milhões em 2019
PUBLICAÇÃO
sábado, 27 de julho de 2019
Claudio Humberto
“Estou seguro disso”
Ministro Paulo Guedes (Economia) e a aprovação da reforma da Previdência no Senado
Cotão parlamentar já custou R$96 milhões em 2019
Os 594 parlamentares receberam de volta mais de R$96 milhões por meio de ressarcimento de gastos com o “cotão parlamentar” apenas nos primeiros meses de 2019. Além do salário de R$33,7 mil mensais, os 513 deputados e 81 senadores têm direito a mais R$ 45 mil, em média, para gastar livremente. Basta apresentar cupom fiscal para ser ressarcido. Em alguns casos há pedidos de R$1 pago no pão de queijo.
Por cabeça
Na Câmara são R$ 84,8 milhões, R$ 165 mil por deputado. No Senado, R$ 11,4 milhões (R$ 140 mil cada). Os dados são da ONG OPS.
Prioridade sou eu
Propaganda pessoal (divulgação da atividade parlamentar) e passagens são os maiores gastos do cotão na Câmara: R$ 41 milhões.
Consultoria e turismo
No Senado, mais da metade dos gastos (R$5,9 milhões) correspondem a reembolso de gastos com passagens aéreas e consultorias diversas.
Pouco mudou
Apesar da renovação de mais de 47% dos deputados, a Câmara pouco mudou seus gastos. Ano passado foram R$ 215 milhões com o “cotão”.
Só 1,7% acham corrupção o ‘problema mais grave’
Levantamento exclusivo do Paraná Pesquisa para esta coluna e para o site Diário do Poder pediu a 1.565 eleitores para elencar os maiores problemas enfrentados no Distrito Federal: 54,5% escolheram a Saúde. O desemprego é a segunda maior preocupação para 12,8%, seguido por Segurança Pública (9,8%), Educação (4,1%), Transporte Público (3,4%), Crise (2,7%) e a Precariedade da Infraestrutura (1%). Corrupção só o problema mais grave para 1,7% dos entrevistados.
Outros problemas
Outros problemas, como Drogas, Saneamento básico, Rodovias, Obras paradas e Impostos foram citados por menos de 0,5% de entrevistados.
Avaliação do governador
A avaliação do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), permaneceu estável: 42% aprovam a administração e 53% dizem desaprovar.
Dados
O Paraná Pesquisa realizou o levantamento entre 21 e 25 de julho. A margem de erro é de 2,5% para os resultados gerais.
Sem choro, nem vela
Bolsonaro consumou a ameaça: pediu agrément para o filho Eduardo virar embaixador. Ele jamais admitirá o erro, mas logo descobrirá que diplomacia não é para amadores. Sobretudo em Washington.
Primeiro contato
O hacker Walter Delgatti disse ter conseguido falar com a ex-candidata a vice-presidente Manuela D’Ávilla (PCdoB) e enviou a ela, antes de mais ninguém, áudios trocados entre procuradores da Lava Jato.
Outro hacker?
O hacker preso pela Polícia Federal Walter Delgatti, vulgo Vermelho, garantiu não ter invadido o celular da líder do governo, deputada Joice Hasselmann, nem o do ministro Paulo Guedes (Economia) ou qualquer outra autoridade do atual governo, com a exceção de Sergio Moro.
Longa investigação
A Polícia Federal não sabe a quantidade exata de afetados pelos hackers que invadiram o celular do ministro Sergio Moro, apesar de mais de 5 mil celulares terem sido atacados. São pelo menos mil.
Amarelo atrasado
Para alertar a população sobre a importância da prevenção contra hepatites virais, o Congresso iluminará suas torres com luzes amarelas para a campanha “julho amarelo”. Julho acaba em quatro dias.
Pequena boa notícia
O Índice de Confiança do Comércio da Fundação Getulio Vargas subiu 2,3 pontos em julho; passou de 93,2 para 95,5 pontos. Foi a segunda alta consecutiva do índice este ano.
Só por aqui
A Agência Nacional do Petróleo tem regras que a obrigam a fiscalizar se (e quanto) postos de combustíveis compram com distribuidoras. Hoje a venda direta de produtores de combustíveis a postos é proibida, mas o presidente da ANP, Décio Oddone, disse que isso deve mudar.
A primeira Copa
Neste domingo (28) completa 61 anos a primeira conquista do Brasil na Copa do Mundo. O Brasil derrotou por 5 a 2 a Suécia, país-sede, com direito a golaço de Pelé, um (então) desconhecido garoto de 17 anos.
Pergunta na operação
Roubar 750 kg de ouro em barras é mais difícil que assaltar uma estatal do petróleo?
PODER SEM PUDOR
O gato é bravo...
Três dias após renúncia de Jânio Quadros (28 de agosto de 1961), o deputado udenista Adauto Lúcio Cardoso subiu à tribuna para atacar os ministros militares que se opunham à posse do vice João Goulart, que visitava a China. Adauto, adversário de Jango, propôs enquadrar os militares na Lei de Segurança Nacional e por crime de responsabilidade. Seu colega Aliomar Baleeiro (UDN) pediu um aparte para concordar com ele “em gênero, número e grau”, mas fez uma pergunta incômoda: “Quem é que vai colocar guizo no gato? Eu é que não vou...”
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Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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