“O Brasil nunca faltará a Israel e aos judeus”

Presidente Jair Bolsonaro saudando o novo chefe de governo de Israel, Naftali Bennett

Com Bolsonaro, Patriotas deve mudar para Aliança

A filiação do presidente Jair Bolsonaro ao Patriotas, ainda a ser efetivada, parte da garantia de que ele terá o controle do partido, do qual seria presidente de honra, e a mudança de denominação. O ex-Partido Ecológico Nacional (PEN) passaria a se chamar Aliança Pelo Brasil, cuja fundação a pandemia congelou. O novo nome poderá ser consagrado na mesma convenção que receberá festivamente a filiação do presidente. Há certa resistência à filiação de Bolsonaro, mas não tem peso político.

Possível sigla

Ainda há dúvidas sobre a mudança para Aliança. Nessa hipótese, é possível a manutenção da sigla “Patriotas”, que Bolsonaro gosta muito.

Sem surpresas

Bolsonaro não deseja ser surpreendido por “rebeldia” como a de Luciano Bivar, presidente do PSL, seu antigo partido, com quem romperia.

Projeto de vida

Após deixar a presidência da República, Bolsonaro pretende assumir o comando do Aliança e promover sua organização em todo o país.

Escalão avançado

O senador Flávio Bolsonaro foi o primeiro do grupo a se ingressar no Patriotas, a fim de “pavimentar” o terreno para a filiação do presidente.

Governador não foi na CPI e ficou por isso mesmo

A CPI da Pandemia reagiu com “indignação” à decisão do Supremo Tribunal Federal de permitir o governador do Amazonas, Wilson Lima, escolher se atenderia ou não à convocação para depor. O presidente da comissão, senador Omar Aziz, político do Amazonas, prometeu recorrer do habeas corpus concedido pela ministra Rosa Weber, mas, até agora, nada. O governador não compareceu e a CPI não recorreu da medida. À noite, a assessoria do STF disse não haver “localizado” o recurso da CPI.

Justificativa

Lima alegou que precisava “estar junto da população” após os ataques de bandidos em Manaus pela morte de um chefe do tráfico.

Mesmo destino

Outros sete governadores têm depoimentos marcados pela CPI da Pandemia. Todos ainda podem recorrer ao STF, como Wilson Lima.

Sem novidades

Até o começo da noite desta segunda (14), o Supremo Tribunal Federal não havia recebido qualquer recurso por parte da CPI ou do Senado.

Tá feia a coisa

Impressionou em Brasília o levantamento do Paraná Pesquisas, indicando desaprovação de 60% dos paulistas ao governador João Doria (PSDB). Rivaliza com o amazonense Wilson Lima.

Justa homenagem

O governador do DF, Ibaneis Rocha, decidiu homenagear o mais querido médico pediatra da História de Brasília, rebatizando o HMIB de Hospital Materno Infantil de Brasília Dr. Antonio Lisboa.

80 milhões de vacinas

O Brasil passou a marca das 80 milhões de vacinas aplicadas. Afora Estados Unidos, China e Índia, nenhum país aplicou tanto. Quase 56,2 milhões (26,8% da população) receberam ao menos uma dose.

Querer não é poder

Ao acatar pedidos para cancelar quebra de sigilos pela CPI, o ministro Luís Barroso disse que ocupar cargos do Ministério da Saúde não implica atuação ilícita. É como se pretendessem criminalizar a posse no cargo.

Recuperação possível

Especialistas veem chance de Bolsonaro de recuperar e voltar a crescer nas pesquisas para 2022. Só depende da economia, e as perspectivas são positivas: economistas apontam crescimento de 5% a 5,7% este ano.

Há pesquisas e ‘pesquisas’

Empresas de “pesquisa” recém aparecidas no mercado usam robôs para telefonar aos entrevistados, o que provoca distorções. Outras, “à moda antiga”, como a Paraná Pesquisas, não abrem mão de designar pessoas para entrevistar pessoas. É por isso que merece credibilidade.

AstraZeneca cresce

O aumento na disponibilidade de vacinas e insumos da Fiocruz fez aumentar a proporção de imunizantes Oxford/AstraZeneca aplicados no Brasil: já são 42,5% das vacinas. Coronavac são 59,3% e Pfizer, 3,5%.

Estimativas

Everton Gonçalves, da assessoria econômica da Associação Brasileira de Bancos, estima que a inflação (IPCA) será de 5,8% em 2021, acima do teto de 5,25%. Para 2022, prevê o IPCA em 3,7%.

Pensando bem...

...difícil é saber, na CPI da Pandemia, se haverá mais fugas de telespectadores ou de senadores para ver os jogos da Copa América.

PODER SEM PUDOR

O ‘furto’ que não houve

Imagem ilustrativa da imagem Com Bolsonaro, Patriotas deve mudar para Aliança
| Foto: Enio

Brasília não merece mesmo a fama dos políticos que a frequentam. Quando renunciou ao mandato, na esperança de retornar ao poder pelas mãos dos militares, Jânio Quadros pediu ao ajudante de ordens, major Amarante, que deixasse no Palácio Alvorada um terno e sapatos. Mais tarde, em 1978, conforme relato de Murilo Melo Filho em seu soberbo “Tempo Diferente” (ed. Topbooks, Rio, 295 pp.), Jânio contaria uma lorota à revista Manchete: “A Presidência da República não me deu nada. Pelo contrário, andou me tirando. Lá, furtaram-me um terno, uma camisa e um par de sapatos...”

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Com André Brito e Tiago Vasconcelos

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