“Temos orgulho de conservar 84% de nosso bioma amazônico”

Presidente Bolsonaro anuncia que o Brasil se tornará o maior produtor mundial de alimentos mantendo ‘os mais altos requisitos sanitários e de sustentabilidade’

O Chile espantou o mundo com uma vacinação proporcional acelerada, nos moldes de Israel, e se tornou exemplo mundial ao superar Estados Unidos e Reino Unido no percentual da população imunizada. Mas aconteceu um fenômeno preocupante no país de Sebastián Piñera: enquanto outros países comemoraram redução acentuada de novos casos e principalmente nas mortes por covid, o Chile registrou disparada de 30,6% nos novos casos e 17,2% nas mortes, nos últimos 30 dias.

Chilenos desconfiados

Até abril, o Chile havia aplicado basicamente apenas Coronavac, 90% do total, segundo a imprensa local, e a norte-americana Pfizer.

Quase um ano

O Worldometer aponta 213 mortes em um só dia, quinta-feira passada; o segundo maior número registrado no Chile desde 27 de junho de 2020.

Gravidade da situação

Apesar de 44% da população imunizada com duas doses, se fosse do tamanho do Brasil, a média diária de mortes do Chile seria de 1.188.

Complicou

A situação do Chile é grave: superou em casos e mortes o Canadá, com dobro da população, e as Filipinas, cinco vezes mais populoso.

Governo vê complô na pressão contra Pazuello

O Palácio do Planalto está convencido de que a pressão para punir o general Eduardo Pazuello, por ter aparecido em manifestação popular de apoio a Jair Bolsonaro, no Rio, objetivava abrir caminho para enquadrar o presidente da República no crime de campanha eleitoral antecipada, acusando-o de “crime de responsabilidade” passível de impeachment. O governo trata o caso como uma conspiração para derrubar o presidente.

Contra a jogada

A suspeita de conspiração contra Bolsonaro foi levada ao Planalto por juristas alegando preocupação com a ameaça à ordem constitucional.

Alerta ligado

A avaliação de suposto complô por trás da pressão para punir Pazuello também foi percebida por setores das Forças Armadas.

Militares ‘vacinados’

“As Forças Armadas são fatores de estabilidade e não de crises”, disse um general à coluna, “e estão coesas e ‘vacinadas’ contra politicagem”.

Burocracia mata

Considerando-se a média de óbitos por covid a cada hora, 702 pessoas podem ter morrido no Brasil enquanto por nove horas os burocratas da Anvisa exibiam arrogância para autorizar, com evidente má vontade, a russa Sputinik V, utilizada em 64 países, e a indiana Covaxin, em vinte.

Haja paciência

O pessoal do laboratório russo Gamaleya, produtor da Sputinik V, e do indiano Bahrat, da Covaxin, deve fazer exercícios diários de paciência para suportar a molecagem reiterada da Anvisa contra essas vacinas.

Cargos, sempre eles

A ministra Flávia Arruda vive sob permanente pressão, na Secretaria de Governo. Parlamentares aliados estão indóceis, acusando o governo de não avançar nas nomeações dos seus indicados nos estados.

Comprovante não é cédula

A Câmara recebe nesta quarta (9) o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, para discutir temas eleitorais, como a adoção de urnas eletrônicas que permitam a impressão de comprovante de voto.

Currículos distribuídos

Funcionários do gabinete de Flordelis, na Câmara, já estão em busca de outros espaços diante do risco de cassação da deputada a acusada de mandar matar o marido. Ela própria já estaria limpando as gavetas.

República de bananas

Deveria existir no Brasil uma Alta Autoridade, como na Europa, que impedisse um grupo de comunicação de utilizar seu poder para detonar a Seleção e inviabilizar a competição cujos direitos de transmissão perdeu.

Ainda mais vacinas

O deputado Alceu Moreira (MDB-RS) comemorou a chegada, ainda este mês, de 3 milhões de vacinas Jansen (Johnson & Johnson), que requer só uma dose. “Vai acelerar o processo de imunização do país”, disse.

No picadeiro

A CPI da Pandemia ouve mais uma vez, na terça-feira (8), o ministro Marcelo Queiroga (Saúde). Quarta (9), será a vez do ex-secretario-executivo, Antonio Élcio Franco, e na quinta (10), finalmente um governador vai à comissão: Wilson Lima (PSC), do Amazonas.

Pensando bem...

...sem CPI, a oposição perde o palco.

PODER SEM PUDOR

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. | Foto: Enio

Pelada política

Durante o almoço, certa vez, o senador Ney Suassuna (PB), na época líder do PMDB, enumerou as agruras que enfrenta no seu dia-a-dia. O então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, ouviu o relato com espanto e depois desabafou, arrancando gargalhadas: “E eu achava que futebol era complicado...”

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