Câmara tem 52 ações contra servidores ‘fantasma’
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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020
Claudio Humberto
"Vamos pressionar pela saída do MDB das lideranças do governo”
Senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) criticando senadores que direcionaram R$ 3,8 bilhões
Câmara tem 52 ações contra servidores ‘fantasma’
A Câmara começou apuração de ao menos 52 suspeitas de servidores que agem como ‘fantasmas’, batendo o ponto sem trabalhar, ou usando de artifícios para adulterar o número de horas trabalhadas e tirar folgas adicionais. Servidores e as chefias de vários setores da Casa já foram chamados para dar explicações sobre a situação que sempre ocorreu, mas se intensificou muito nos últimos anos e se tornou insustentável.
Esquemão
O local que chamou mais atenção foi o Centro de Formação, onde o malandro para o carro no desembarque, bate o ponto e se manda.
Parecem crianças
Há quem chegue 12h, registra o ponto como saída do almoço, registra a volta do almoço 12h30 e diz ter esquecido do ponto pela manhã.
Prática antiga
Vez por outra os abusos são flagrados pela imprensa. Comissionados são exonerados, mas os concursados gozam de estabilidade.
Pre-PAD
Essa sindicância precede o Processo Administrativo Disciplinar (PAD), que pode, em raríssimos casos, determinar demissão de concursados.
Candidaturas dificultam ‘reeleição’ no Congresso
O Congresso vive a expectativa de definir se há reeleição no Senado e até na Câmara dentro de uma mesma legislatura. No Senado, Davi Alcolumbre tem um argumento: “na Câmara já é assim”. Não é. E, na Câmara, Rodrigo Maia tenta saída para se “eternizar” no cargo. Ambas as possibilidades são remotas, mas não se deve subestimar a dupla. Não faltam candidatos a substituir Maia, como Arthur Lira (PP-AL), do “centrão”, que em 2019 abriu mão em favor da reeleição do carioca.
Centro ‘histórico’
Na Câmara, também há Baleia Rossi (MDB-SP), Agnaldo Ribeiro (PP-PB), Marcos Pereira (Rep-SP) e Osmar Terra (MDB-RS), ex-ministro.
Ex-candidatos
No Senado, Ângelo Coronel (PSD-BA), que foi candidato em 2019, e Esperidião Amim (PP-SC) podem disputar contra Alcolumbre.
Nomes emedebistas
Eduardo Gomes (TO), líder do governo no Congresso, e Simone Tebet (MS), presidente da CCJ, são do MDB, e fortíssimos no Senado.
Exército próprio
Prestes a se mudar para o apartamentaço de 800 metros quadrados adquirido por um filho, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado leva vida de príncipe árabe em Fortaleza. Anda com dez seguranças.
Tão perto, tão distante
O ministro Jorge Oliveira (Secretaria Geral) só perderia para ele mesmo a disputa pela vaga de ministro do STF, em lugar de Celso de Mello: o presidente Bolsonaro não abre mão do seu aconselhamento jurídico.
Troca de legenda
Em rota de colisão com a família Gomes, o governador Camilo Santana (PT) negocia sua filiação ao PSB. Quer ser candidato a presidente, coitado. Acredita que pode superar o desgaste do motim da PM.
STF carnavalesco
No espírito da Câmara e Senado, o Supremo Tribunal Federal também cancelou o calendário de julgamentos previsto para essa semana. No dia 3 de março, no entanto, há 43 ações na pauta do STF.
Segurança jurídica
A nova presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministra Cristina Peduzzi, tem um compromisso prioritário de valorização da Justiça do Trabalho, “tendo a lei como inspiração” e “criar cenário onde a segurança jurídica seja a regra para empregados e empregadores”.
Burrada do ano
Dois diplomatas que vieram de Wuhan merecem o troféu de “mancada do ano”. Acompanharam um colega destacado para assistir os que seriam repatriados e foram impedidos de retornar a Pequim, onde suas famílias estavam. Foram forçados a voltar ao Brasil e à quarentena.
Líderes do tomá-lá-dá-cá
O senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ) definiu como “compensação” a disponibilizar R$ 30 bilhões ao Congresso, defendida por alguns líderes partidários. Mas ficaram irritados com o veto do presidente Bolsonaro.
Deputado medieval
Em relação à denúncia desta coluna sobre as 760 viagens de Rodrigo Maia desde que virou presidente da Câmara, a leitora Rosa de Gouveia diz “em pleno século XXI age como os nobres medievais”.
Pensando bem...
...se o dólar é flutuante, o real precisa aprender a nadar.
PODER SEM PUDOR
Bananas intolerantes
Em 1968, corria o boato de que a ditadura ia endurecer. Presidia a Câmara o deputado mineiro José Bonifácio Lafayette de Andrada, o Zezinho Bonifácio, que anunciou: o Congresso permaneceria “em recesso por tempo ilimitado”. A oposição se revoltou com a falta de empenho dele para evitar aquele ato de força. Em meio à confusão, o também mineiro Celso Passos (MDB) protesta ao microfone: “Seja mais Andrada e menos Zezinho, nobre deputado!” Zezinho se levantou, fechou a mão, levantou o braço bruscamente e deu diversas bananas em direção ao adversário. E foi embora.
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Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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