“Qualquer vacina aprovada e certificada pela Anvisa, será comprada”

Ministro Eduardo Pazuello (Saúde) esclarece quem manda na definição da vacina

Busca por lucro bilionário inibe escolha da vacina

O ministro Eduardo Pazuello (Saúde) foi direto ao ponto, em resposta ao governador de São Paulo, João Dória, cada vez mais afoito em relação à venda da vacina chinesa: “se houver demanda e preço, nós vamos comprar”. A cautela se deve ao fato de nenhuma vacina haver solicitado registro na Anvisa e também pela diferença abissal dos preços cobrados. Seriam gastos R$22,4 bilhões para imunizar todos os brasileiros com a Coronavac ou cerca de R$6,7 bilhões com a de Oxford/AstraZeneca.

Renda Cidadã de troco

A vacina que Doria quer vender custaria R$15,7 bilhões a mais que a de Oxford. Exatamente o que falta para tirar o Renda Cidadã do papel.

Menos de um terço

A imunização, nos dois casos, é feita com duas doses. Cada uma da Coronavac custa US$10,30, mais que o triplo da AstraZeneca (US$3).

Grande exemplo

A explicação para a grande diferença de preços decorre da atitude nobre do laboratório anglo-sueco de vender as doses a preço de custo.

Butantan é do Brasil

Pazuello também rechaçou qualquer acusação de preconceito contra a Coronavac: para todos os efeitos, disse ele, a vacina é do Butantan.

Favorito no Senado só disputa com o MDB unido

Candidato favorito na disputa pela presidência do Senado, o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), não fez até agora qualquer movimento de candidato à caça de votos. Muito pelo contrário. Ele decidiu que só sai em campanha se houver união do partido em torno do seu nome, bem como a unidade dos partidos da base governista. Além disso, ele aguarda que o atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM), deflagre o próprio processo sucessório.

Encontro decisivo

Eduardo Gomes ganha apoio mesmo sem fazer campanha, e ontem foi elogiado por Alcolumbre, com quem irá conversar nesta quarta (9).

Apoio tucano

Ex-líder do PSDB que chegou a ser apontado como eventual candidato a presidente, o senador Roberto Rocha (MA) declarou apoio a Gomes.

Muitos candidatos

No MDB, os senadores Eduardo Braga (AM), Fernando Bezerra (PE) e Simone Tebet (MS) tentam se viabilizar. Mas não está fácil.

Suborno de R$500 mil

CEO e fundador do laboratório Sinovac, que fez a vacina Coronavac, Yin Weidong admitiu na Justiça que subornou entre 2002 e 2011 o chefe da agência reguladora da China para obter a aprovação das suas vacinas. O detalhe é que o Yin Weidong ainda é o presidente da Sinovac.

Contagem regressiva

Faltam 14 dias para acabar, na prática, as presidências de Rodrigo Maia e Alcolumbre: o recesso começa no dia 22 e a volta ao trabalho será em 1º de fevereiro, quando os parlamentares elegerão seus sucessores.

ABL guardiã

O julgamento da reeleição de Maia e Alcolumbre ainda dá o que falar. O senador Lasier Martins disse que, se o resultado fosse outro, iria propor que a Academia Brasileira de Letras fosse a guardiã da Constituição.

Vitória do povo

“O STF deve guardar a Constituição das pressões do momento que buscam beneficiar grupos e interesses políticos”, diz Marcel van Hattem, para quem, sem a pressão popular, o resultado no STF teria sido outro.

Velho oportunismo

Na Assembleia de São Paulo são 146 frentes parlamentares para os 94 deputados. Todas criadas desde 2019. Tem até a “Frente Visando Soluções para a Área do Jardim Pantanal”, de um deputado petista

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Equiparados

Segundo a previsão do Ministério da Saúde, os presos terão a mesma prioridade na vacina do coronavírus que professores e profissionais de segurança pública, além dos próprios agentes penitenciários.

Sonegação em queda

Estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação revela que as empresas brasileiras sonegam R$417 bilhões anuais. Apesar do valor, o índice do IBPT caiu de 32%, em 2002, para 15% ano passado.

Resultado prático

Kim Kataguiri (DEM-SP) brincou com a indefinição sobre presidência da Câmara. Disse que “resolveu assumir” e aprovará a “Bolsa Playstation 5” com o corte de salários de servidores que ganham acima de R$20 mil.

Pensando bem...

...tanto na política reprodutiva, quanto na política de imunização, “escolha pessoal” virou palavrão.

PODER SEM PUDOR

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| Foto: Divulgação

O poder paulista

Inconformados com o crescente poder paulista na cena brasileira, políticos, empresários e banqueiros de Minas Gerais se reuniram no final dos anos 1970 para discutir formas de enfrentar São Paulo. Em meio a discursos tão coléricos quanto inúteis, pediu a palavra o sábio José Aparecido Oliveira, que representava o Banco Nacional, do mineiro Magalhães Pinto. E sepultou a reunião com uma ironia: “Amigos, só o fato de não precisarmos trocar moeda, usar passaporte, nem falar outra língua para entrar em São Paulo, já está bão demais...”

Com André Brito e Tiago Vasconcelos