“Não quero ruptura entre os Poderes”

Presidente Jair Bolsonaro em discurso na Esplanada dos Ministérios no 7 de setembro.

Bolsonaro atira no próprio pé ao xingar Moraes

O presidente Jair Bolsonaro chutou o pau da barraca, mais uma vez, ao xingar de “canalha” o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o inimigo que presidirá o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições de 2022. Bolsonaro mirou em Moraes e de novo acertou no STF, afirmando que não acatará decisões do ministro. A declaração dá o mote para um novo pedido de impeachment.

Medidas restritivas

Ele está convencido de que Moraes estaria prestes a, monocraticamente, determinar medidas restritivas contra o presidente da República.

Desobediência, não

O presidente sabe que nenhum brasileiro tem o direito de descumprir decisões judiciais, sob pena de outra acusação: crime de desobediência.

Mais robusto

O discurso de Bolsonaro na Avenida Paulista foi mesmo “mais robusto” que o de Brasília, mais cedo, mas só por xingar o ministro do STF.

Assim não dá

Bolsonaro pretende que Moraes arquive inquéritos contra seus aliados, mas sabe que não pode exigir isso. O juiz é senhor dos seus processos.

Novo Código ameniza e até anula crimes eleitorais

O texto de 898 artigos do novo Código Eleitoral, que deve ser aprovado nesta quarta-feira (8) na Câmara, afrouxa as regras de fiscalização, controle e moralidade eleitoral. “Se um partido receber R$100 milhões e tiver R$20 milhões de incompatibilidade, não terá conta rejeitada, “de acordo com o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP). Muitas vezes, tem mau uso milionário e vai receber multa de apenas R$ 30 mil", exemplificou.

Comprou, levou

Joenia Wapichana (Rede-RR), como os colegas, também questionara dispositivos que flexibilizam até mesmo a punição para compra de votos.

Corrupção relativizada

"O parlamentar só pode ser cassado se a compra de votos for com uso de violência” diz Wapichana, que vê o processo eleitoral fragilizado.

Ato mudo

O “grito dos excluídos”, há anos aparelhado pelo PT e seus puxadinhos, ontem em Brasília e na maioria do País fez jus, no máximo, a um cochicho, talvez sussurro.

Cascateiros militantes

Durante semanas difundiram a mentira de que haveria “violência” nas manifestações do dia 7, mas nada houve. Em Brasília, com mais de 400 mil na Esplanada dos Ministérios, não se registrou qualquer ocorrência.

Mourão não é opção

No íntimo, opositores torcem para que nada aconteça a Bolsonaro, pois temem o vice Hamilton Mourão, que, embora carente de votos, é estrategista muito mais frio e intelectualmente mais preparado.

O Golfo é aqui

Delegado Fabrício Oliveira (PSB-SC) fez revelação surpreendente sobre riscos envolvidos na profissão. Segundo ele, um policial do Rio tem 725 vezes mais chances de morrer que um soldado americano em conflito.

Surpresa

Surpreendeu os analistas a quantidade de manifestantes na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Extraoficialmente a polícia estimou em quase 500 mil o número de apoiadores de Bolsonaro, fazendo da manifestação uma das maiores da história da Capital.

Mudança iminente

Com o dinheiro curto, a busca por investimentos seguros e rentáveis só aumenta. Segundo o consultor Paulo Cunha, a alta na Selic deve levar a uma grande migração das aplicações em renda variável para renda fixa.

Diferenças

A Colômbia não tem mais proibições em relação à entrada de turistas brasileiros no país, nem exige exame negativo. A proibição da entrada de brasileiros na Venezuela durante a pandemia parece não ser problema.

Lamentável

A Funpresp alega que esteve “em contato permanente” desde julho com o marido de servidora do Senado que morreu por Covid. Já o marido diz que esperou por semanas após enviar mais de 10 e-mails, sem resposta.

Pensando bem...

...melhor colocar milhões nas ruas do que nos bolsos.

PODER SEM PUDOR

O breve

Imagem ilustrativa da imagem Bolsonaro atira no próprio pé, ao xingar Moraes
| Foto: Divulgação

O jornalista Raimundo de Souza Dantas era um discreto funcionário do Ministério da Fazenda, no Rio, e tinha algo que o diferenciava dos colegas: era amigo do presidente Jânio Quadros. Sonhava com a diplomacia. Jânio o nomeou embaixador em Gana (África), mas, três meses depois, renunciaria ao mandato, devolvendo Souza Dantas a sua salinha na antiga repartição. Do contínuo ao chefe, os cruéis colegas não paravam de ironizar: “Bom dia, embaixador!” ou “Já bateu o ponto, embaixador?”

A opinião do colunista não reflete, necessariamente, a opinião da Folha de Londrina.

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