Bolsa Brasil pode ser novo nome do Bolsa Família
PUBLICAÇÃO
quinta-feira, 21 de outubro de 2021
Claudio Humberto
“Nenhum nordestino ficará para trás”
Presidente Jair Bolsonaro durante visita a Russas, no Rio Grande do Norte
Bolsa Brasil pode ser novo nome do Bolsa Família
A decisão final será do presidente Jair Bolsonaro, mas o Palácio do Planalto avalia uma denominação tecnicamente mais adequada, sob o ponto de vista da comunicação, para o substituto do programa Bolsa Família. Seria o “Bolsa Brasil”, em lugar do “Auxílio Brasil” ou mesmo do “Renda Brasil”, que chegou a ser considerado por senadores governistas, mas logo em seguida descartado pelo presidente Bolsonaro.
Memória positiva
A denominação “Auxílio Brasil” foi adotada pela referência ao auxílio emergencial, memória que interessa ao governo Bolsonaro conservar.
Nome insuficiente
O próprio Bolsonaro gosta de “Auxílio”, mas a área de comunicação do governo acha que a denominação reduz a importância da medida.
Nomes agradam
O ministro João Roma (Cidadania) já utiliza rotineiramente a expressão “Auxílio Brasil”, mas Fabio Faria (Comunicações) gosta de “Bolsa Brasil”.
Palavra final
Caberá ao presidente “bater o martelo”, nesta quinta-feira (21), na nova denominação do programa que vai substituir o Bolsa Família.
Brasil supera China e é o 2º país que mais vacina
A campanha nacional de vacinação segue surpreendendo o mundo e o Brasil chegou a ocupar segundo lugar no ranking mundial ao ultrapassar a China na média de vacinas aplicadas contra covid no início do mês, de acordo com o portal Our World in Data. O resultado da manutenção da média de cerca de 1,5 milhão de doses diárias é a queda contínua nas mortes e novos casos, enquanto outros países sofrem com nova onda.
Não fosse o feriadão...
Entre os dias 5 e 10 de outubro, só a Índia aplicou mais vacinas contra covid que o Brasil, que viu a média diária cair durante o feriadão.
Reflexo direto
O número de doses aplicadas no Brasil é superior à registrada em toda a Europa, fazendo a média diária cair para 10 mil casos e 350 mortes.
Outro cenário
Enquanto a pandemia arrefece por aqui, países como Reino Unido e Rússia enfrentam uma nova disparada nos casos e mortes por covid.
Aliança tóxica
Pesquisas advertiram e os veículos de comunicação de oposição nem esperaram o fim da CPI para se voltarem contra o relator, que usaram para atacar Bolsonaro. A aliança pegou mal para as empresas.
Parou por quê?
Para o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), as mudanças na cobrança do Imposto de Renda fazem “justiça tributária” e não são eleitoreiras. O projeto está parado no Senado há 20 dias.
Grande derrotado
Arthur Lira, aliás, sofreu uma derrota inesperada na votação da PEC que alterava a composição do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Ele contava com vitórias acachapante. Perdeu por onze votos.
Ciscando para fora
Criticado pelos colegas, o ministro Paulo Guedes (Economia) é acusado de falar alterações no Teto de Gastos, que os demais ministros acham desnecessárias, só para mostrar que o benefício de R$ 400 seria “erro”.
Melhora inegável
A queda de 18% nos casos levou o Brasil ao 104º lugar no número de infecções por habitante na última semana, segundo o Worldometer. No caso das mortes, a queda foi de 4% e ficamos em 63º lugar no ranking.
Planejamento
Professor de pós-graduação da USP, Donato Filho afirma que o Brasil gastou R$ 17 bilhões a mais por não acionar antes as térmicas a gás, que custam menos que as a diesel e pouparia água das hidrelétricas.
Acompanhamento mundial
Quase 48% de todo o planeta recebeu ao menos uma vacina contra a covid-19, segundo o Our World in Data. Foram mais de 6,72 bilhões de doses aplicadas desde dezembro do ano passado.
Ninguém aguenta
Levantamento TicketLog em 21 mil postos mostrou que o preço médio da gasolina subiu 12% após seis altas consecutivas. Nos últimos seis meses, o preço para motoristas disparou de R$ 5,699 para R$ 6,363.
Pergunta no xilindró
Se presos preventivamente não podem gravar vídeos, por que presos na Lava Jato puderam até dar entrevistas?
PODER SEM PUDOR
Parente e parceiro
O deputado Manuel Gilberto fazia oposição sem tréguas ao governador Moura Cavalcanti ("no Nordeste, quem não é Cavalcanti é cavalgado", dizia), em Pernambuco, e sempre dava um jeito de mostrar intimidade com a obra de Eça de Queiroz. Certa vez, ao responder a aparte do colega Maviel Cavalcanti, primo do governador, ele ironizou: “Vossa Excelência tem mesmo que defender esse governo, porque, tal qual um personagem de Eça, o deputado é parente, patrício e parceiro.”
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Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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