“Pra quem tomou facada, não é uma gripe que vai me derrubar”

Presidente Jair Bolsonaro, duvidando que tenha contraído o coronavírus

Bancos fechados fazem BC trombar com o DF

Mal o site Diário do Poder havia noticiado na noite de quarta-feira (18) a decisão do governo do Distrito Federal de proibir o atendimento público nas agências bancárias da capital, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que é do tipo calado, passou a mão no telefone e, falante, tentou “enquadrar” o governador Ibaneis Rocha, autor da iniciativa. O chefão do BC acabou ouvindo mais do que falando.

Deveria ter lido

A alegação de Campos Neto era de que só ele teria o poder de proibir o atendimento público de bancos. Parecia não ter lido o decreto de Ibaneis.

Dura lex, sed lex

O governador, advogado e ex-presidente da OAB-DF, listou as leis que o obrigam a agir no combate ao Covid-19, sob pena de responsabilização.

Abrir agências pode

Ibaneis teve de explicar a Campos Neto que o seu decreto não proibiu as agências bancárias de abrirem, apenas de fazerem atendimento público.

Debate jurídico

A conversa subiu de tom quando Ibaneis desafiou o BC a tentar anular o seu decreto na Justiça. E lembrou que fez o que o BC deveria ter feito.

Cariocas rejeitam Witzel e 48,5% apoiam Bolsonaro

Em meio à rivalidade política que deve alcançar as eleições de 2022, levantamento do instituto Paraná Pesquisas registra que 59% dos eleitores cariocas reprovam a gestão do governador Wilson Witzel, enquanto o governo Jair Bolsonaro tem 48,5% de aprovação na capital fluminense. Ainda que aprovado pela maioria, o governo Bolsonaro é considerado ruim ou péssimo por 35,9% dos 910 cariocas entrevistados.

Avaliação positiva

O levantamento feito na cidade do Rio mostra que 35,1% avaliam a gestão Bolsonaro como ótima ou boa, e 27,1% como regular.

Witzel em baixa

O governo Witzel é ruim ou péssimo para 45,7% dos cariocas. E só 18,7% o avaliam como ótimo ou bom. E 33,6% acham-no regular.

Pede pra sair, zero um

A pesquisa, registrada no TSE (RJ-02928/2020), indica que o campeão em reprovação do carioca é o prefeito do Rio, Marcelo Crivella: 74%.

Teve de ser na marra

O advogado e governador Ibaneis Rocha obteve liminar obrigando o governo federal a informar as autoridades de saúde do DF, que estão na linha de frente do combate ao coronavírus, sobre os infectados no âmbito do Palácio do Planalto. É o que impõe o protocolo de combate à doença.

Estava indo bem

A CNI revelou que a expectativa de demanda do setor caiu este mês, mas ainda está no maior nível para o mês, desde 2014. O ruim é que a pesquisa foi feita antes da OMS decretar a pandemia do coronavírus.

Celular cortado

Depois de dizer que não pode perder tempo para agir contra o novo coronavírus, o governador Wilson Witzel (RJ) disse que ainda não falou com Bolsonaro porque “os governadores se comunicam por carta”.

Cadê Witzel?

Com o surto de coronavírus, diz o senador Arolde de Oliveria (PSD-RJ), multiplicam-se os arrastões na região metropolitana do Rio. “Aguardando medidas do governo do Estado”, diz ele, preocupado.

Entra governo, sai governo...

...impressiona a agilidade do lobby das empresas aéreas. Já emplacou medida provisória estendendo prazos para pagar dívidas e para ressarcir com crédito o consumidor prejudicado, e levou até desconto em tarifas.

Ainda bem

Infectado por coronavírus, o deputado Cezinha (PSD-SP) apresentou melhora significativa e disse que a maior probabilidade é de o contágio ter ocorrido depois da sessão do Conselho de Ética, presidida por ele, e que nenhum assessor ou membro do colegiado testou positivo.

Pior já passou

As ligas chinesa e japonesa de futebol começaram a fazer contato com atletas para retomar partidas a partir de abril e maio, respectivamente. Na Itália, há clubes que querem voltar às atividades nesta segunda (23).

Falta de caráter

Sindicatos dos petroleiros querem usar o coronavírus para atingir os objetivos da greve, suspensa pelo TST. A proposta de reduzir o efetivo em 50% veio com a exigência de parar a produção de óleo e derivados.

Pensando bem...

... está mais difícil encontrar Lula que álcool em gel em promoção.

PODER SEM PUDOR

Atraso é uma doença

Imagem ilustrativa da imagem Bancos fechados fazem BC trombar com o DF
| Foto: Charge

No final dos anos 1990, o presidente e o secretário-geral do PSDB, senador Teotônio Vilela (AL), e deputado Márcio Fortes (RJ), chegaram com atraso a uma importante reunião tucana. Fortes justificou: “O presidente Teotônio teve uma crise de um mal muito raro, o distúrbio cronotopocinético, mas já está tudo bem.” Ninguém entendeu nada, muito menos Vilela, que se sentia muito bem. O deputado carioca explicou: “Ah, Téo, eu também sofro dela: distúrbio cronotopocinético. ‘Crono’ de tempo, ‘topo’ de terreno ou distância e ‘cinético’ de movimento. É o sujeito que não consegue calcular quanto tempo precisa movimentar-se para vencer determinada distância, chegando sempre atrasado.” E caiu na gargalhada.

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Com André Brito e Tiago Vasconcelos

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