“Estamos começando a detectar impacto muito positivo”

Chanceler Ernesto Araújo, sobre o acordo entre o Mercosul e a União Europeia

Ataques só fortalecem Moro junto a Bolsonaro

Podem tirar os escorpiões da chuva: Jair Bolsonaro não demite para conter pancadaria da imprensa. Ao contrário: quanto mais o ministro é atacado, maior a solidariedade do chefe, como se vê no caso de Sérgio Moro (Justiça), já convidado a acompanhá-lo ao Maracanã lotado, domingo (8), na final da Copa América. Bolsonaro tem dito aos mais íntimos que jamais aceitará ser “pautado pela imprensa”. Além do mais, soldados de infantaria não deixam seus camaradas para trás.

‘Ser pautado’, jamais

Há ministros que não saíram do governo porque o presidente não aceita “ser pautado” ou pela decisão de protegê-lo dos inimigos.

Temor de cassação

Marcelo Álvaro Antônio se deu bem com o estilo do chefe, para quem, “jogado às feras”, o ministro do Turismo seria cassado na Câmara.

Demissão abortada

Onyx Lorenzoni já deveria saído da Casa Civil, mas a notícia vazou e o presidente, que gosta do ministro e detesta ser pautado, abortou tudo.

Roda presa, mas firme

Outro ministro na corda bamba, cuja demissão vazou e por isso ele foi mantido, é o “roda presa” Gustavo Canuto (Desenvolvimento Regional).

Onyx demite chefe da PPI para demonstrar força

O governo Bolsonaro perdeu um dos quadros mais admirados para que o ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) pudesse dar demonstração de força, após o esvaziamento de suas atribuições. Adalberto Santos de Vasconcelos, auditor do Tribunal de Contas da União (TCU), foi substituído na Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) pela ex-presidente da Infraero Martha Seillier.

Esvaziamento

Após transferir as secretarias mais importantes subordinadas a Onyx, Bolsonaro passou à Casa Civil a PPI, que dispensa a tutela de ministro.

Ele tem a força

Desse modo, para mostrar que manda, Onyx exigiu a demissão de Adalberto para nomear alguém de sua escolha.

Um especialista

Adalberto Santos de Vasconcelos chefiava a PPI desde sua criação, em 2016. É considerado o maior especialista em privatizações do País.

Conversa entre mocinhos

O vazamento de supostas mensagens são úteis apenas à “euforia dos corruptos” e para animar debates entre advogados. Aos brasileiros interessa constatar que não se vê trama para livrar a cara de ladrões, nem para roubar o País, mas para levar criminosos ao xilindró.

Que mensagens?

Os ministros Paulo Guedes (Economia) e Sérgio Moro (Justiça) foram ruidosamente aplaudidos de pé, demoradamente, por milhares de pessoas presentes em um evento de investidores, em São Paulo.

Mandou bem

Bolsonaro nomeou um dos mais competentes embaixadores, Pedro Bretas (que não á parente do juiz da Lava Jat), representante do Brasil na CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa), em Lisboa.

Confiança no DF

O Índice de Confiança do Empresário Industrial do DF subiu para 58,9 pontos em junho: 5 pontos a mais que maio. Em relação a junho de 2018, são 8,6 pontos a mais. O estudo é da Federação das Indústrias.

R$100 bi para o Brasil

Segundo o Ministério da Economia, o acordo Mercosul-União Europeia deve trazer investimentos de US$ 113 bilhões nos próximos 15 anos. A fatia brasileira desses investimentos é de quase R$ 100 bilhões.

Rainha do Atraso

Analistas políticos alertam para a possibilidade de a eleição de Cristina Kirchner, na Argentina, mesmo como vice, afetar negativamente o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. É a Rainha do Atraso.

Relação firme

Mãe do Partido dos Trabalhadores, a Fundação Perseu Abramo aposta em “rusga” entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes. Sinal que o “casamento” dos dois continua firme.

Balanço da reforma

A comissão especial da reforma da Previdência realizou 22 reuniões. Foram 132 horas de debates desde a primeira reunião, em 25 de abril. Só a votação do parecer do relator e de 116 destaques durou 16 horas.

Pensando bem…

…espírito tem a oposição: o governo aprovou a reforma com 73,4% dos votos na comissão, mas derrotados do PT cantaram “vitória”.

PODER SEM PUDOR

Na retranca

Imagem ilustrativa da imagem Ataques só fortalecem Moro junto a Bolsonaro
| Foto: Charge

Na campanha “Diretas já”, em 1983, celebridades aderiam à causa sem problemas. Exceto Pelé, que se manteve reticente até declarar apoio, repentinamente. Foi logo após o então presidente João Figueiredo convidar Xuxa, com quem Pelé brigara, para uma visita ao Planalto. Governador de Minas, Tancredo Neves tentava entender o comportamento retranqueiro do “rei”: “Uai, o Pelé agora está jogando no gol?”

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Com André Brito e Tiago Vasconcelos

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