“Todo mundo com os braços a postos e nos postos”

Governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), anuncia doses de reforço para a capital

Agenda livre pode indicar isolamento de Bolsonaro

Apesar de ter sido recebido amistosamente pelo premiê britânico Boris Johnson, que até se desculpou por ainda não haver visitado o Brasil, o presidente Jair Bolsonaro percebeu em Nova York que precisa polir sua imagem no exterior. Porque reflete um certo isolamento sua agenda vazia de encontros com outros chefes de Estado e de Governo, que, às dezenas em Nova York, preenchem as agendas com reuniões bilaterais.

Encontros bilaterais

Bolsonaro manterá encontros rápidos, nesta terça (21), com o presidente polonês Andrzej Duda e o secretário-geral da ONU, António Gutérres.

Recepção brasileira

Além dos encontros bilaterais com direito a pose para fotos, Bolsonaro esteve na recepção oferecida pelo embaixador brasileiro na ONU.

Presença menor

A agenda vazia tem a ver, também, com um número menor que os habituais 150 chefes de Estado e de Governo, em razão da pandemia.

Carona na limusine

Nos anos 1990, George Bush não apenas recebeu o brasileiro Fernando Collor no hotel Waldorf Astoria, como seguiram juntos para a ONU.

Prefeito de NY lacra, mas o Brasil vacinou mais

Após a chegada de Jair Bolsonaro a Nova York para a abertura da 76ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, o prefeito moleque da cidade, Bill Di Blasio, atacou o brasileiro por não ter se vacinado, ironizando que a rica cidade americana oferece até imunizantes gratuitos. Apesar de ter iniciado a campanha de imunização mais de um mês depois, o Brasil já aplicou uma vacina em 68,8% da população; Nova York vacinou com uma dose 68,7%. E os Estados Unidos no geral estacionaram nos 55%.

Menos tempo

A primeira vacina contra a Covid foi aplicada em Nova York em 14 de dezembro. No Brasil, a campanha nacional começou em 17 de janeiro.

A vida na planície

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello almoçou sozinho, ontem (20), no restaurante a quilo Dom Durica, na Asa Norte de Brasília. Vestia camisa social e gravata, sem paletó. Pagou a conta de 40 reais e foi embora sem ser reconhecido, nem incomodado. Parecia à vontade.

Queria e conseguiu

Pessoas não vacinadas têm acesso livre às áreas externas mantidas pela maioria dos restaurantes de Nova York. Lanchar pizza na rua foi uma opção de Bolsonaro, que fez isso para “causar”. E conseguiu.

Casamento de interesses

A “fusão” do DEM e PSL pode virar a primeira “federação” partidária, caso isso prospere. Fundadores do DEM torcem o nariz, mas é o PSL de Luciano Bivar que tem os milhões do fundão eleitoral.

Reduzir ICMS, que é bom...

Em nota, vinte governadores dizem que aumentaram os combustíveis, não o imposto estadual ICMS. Mas omitem que também se recusam a reduzir o tributo. À exceção de Ibaneis Rocha, governador do DF, que reduziu ICMS sobre combustíveis e uns trinta de itens da cesta básica.

90 milhões logo ali

Desde o início do mês de agosto, o Brasil tem aplicado cerca de 1,5 milhão de doses de vacinas, em média, por dia. Mantido esse ritmo, terão sido aplicadas cerca de 90 milhões de doses até o fim de setembro.

Nova base eleitoral

Após o Tribunal de Justiça do Paraná reconhecer o direito de os “animais não-humanos” constituírem advogados e pedir pensão, a expectativa é quando o TSE reconhecerá o direito dos bichos ao voto.

Terceira dose no DF

O governador Ibaneis Rocha (MDB-DF), anunciou a aplicação de doses de reforço (terceiras doses) em idosos acima dos 85 anos a partir de quarta (22). Na segunda (27) será a vez dos imunossuprimidos graves.

Celebração e crescimento

Comemora-se no Brasil, nesta terça-feira (21), o Dia do Radialista. Segundo site especializado Statista, há mais de 3 bilhões de ouvintes de rádio em todo o mundo; 100 milhões a mais que em 2017.

Pensando bem...

...tudo acaba em pizza, mesmo que seja do lado de fora do restaurante.

PODER SEM PUDOR

Imagem ilustrativa da imagem Agenda livre pode indicar isolamento de Bolsonaro
| Foto: Divulgação

‘Democracia’ garantida

Nos anos 1940, apesar do fim da ditadura Vargas, o poder político era definido segundo a vontade dos “coronéis”, no interior. Era o caso de São Caetano, no agreste pernambucano. Lá, mandava o “coronel” João. Na primeira eleição após o Estado Novo, ele destacou capangas para o trabalho, digamos assim, de “boca de urna”: ficavam nas proximidades dos locais de votação perguntando aos eleitores se eles votariam no candidato do coronel. Se a resposta fosse “não”, os eleitores ouviam a “sugestão”: “Acho melhor o senhor não votar, não. É para não atrapalhar a democracia...”