A revitalização do Marco Zero pode merecer nota 10 se não forem esquecidas algumas condições básicas para evitar o vexame permanente:

- Cercamento eficiente, que pode continuar com paliteiros de concreto desde que altos e profundamente enfiados no solo.

- Vigilância 24 hs, com presença diurna da Guarda Municipal, como com dupla homem/mulher, inclusive para apoio à visitação, e vigilância eletrônica noturna, inacessível a penetras e vândalos, para acionamento (imediato) da PM – e as duas corporações poderão ter reconhecimento comunitário com essa atuação indispensável ali.

- Passarelas de madeira suspensas, para visitação, evitando compactação do solo e exigindo manutenção permanente, o que leva a:

- Monitoria permanente do poder municipal, de preferência em parceria com associação civil, como no Museu Histórico.

- Visitação – sempre sem fumo e com lixo zero - programada e monitorada de turmas das redes municipal e estadual de ensino, mantendo assim o local socialmente vivo, com ingressos pagos pelas turmas da rede particular de ensino e outros visitantes, inclusive para sustentação de manutenção e reparos permanentes.

Além disso, algumas sugestões:

- Placas, bem visíveis para os visitantes, com identificação das espécies nativas típicas do então chamado Sertão de Tibagi (peroba, figueira-branca, pau-d´alho, palmito etc).

- Montagem de casa de madeira na entrada, local sem vegetação, para abrigo da placa histórica já lá existente, para palestras e/ou exibição de video histórico-ambiental do local (início da colonização mais bem sucedida no país, por isso chamado Marco Zero, originalmente pertencente ao pioneiro Celso Garcia Cid; que preservou a mata, num tempo em que nem se falava a palavra “ecologia”, e vendeu o terreno para custear sua importação de zebus que revolucionou a pecuária nacional; depois a continuidade da preservação pela Anderson Clayton até a venda do terreno para o complexo Boulevard. Pode-se lembrar também que, antes disso, ali já era local de pouso para índios e garimpeiros a caminho da Serra de Apucarana). Essa casa pode ser transplantada ou replicada, como uma das casas de madeira típicas construídas pelo carpinteiro Domingos Casone no início da cidade.

Bebedouro/s - com água da rede de água da cidade, até porque a Sanepar implantou tubulações ali; ou, seria o ideal, com água das três minas que deram a Londrina seu primeiro nome, Patrimônio Três Bocas, mas que podem estar imprestáveis devido ao abandono.

Divulgação – na rodoviária, no aeroporto e hotéis, para visitação avulsa do local, com informações sobre o trajeto, e, lá, folheto informativo custeado por patrocínio como também pode ser o video. Também poderá ser sinalizado trajeto pedestre seguro da rodoviária ao local, procurando fluxo de visitação permanente, condição essencial para revitalização de qualquer local histórico.

Para construção das passarelas, com madeiras resistentes ao tempo, pode-se fazer parcerias com, por exemplo, o Sindicato das Indústrias Madeireiras do Paraná, como foram feitas as casas no Parque Histórico de Carambeí. O projeto total pode/deve ser em parceria com empresas, até para minimizar o risco do poder público voltar a negligenciar o Marco Zero – que pode vir a ser motivo de orgulho e não mais de vergonha para Londrina.