Tantos protestos e marchas, mesmo em plena pandemia, fazem desconfiar que cresce a vontade de outra turma sair também às ruas, porém não na pandemia, pois é gente ordeira e responsável.

É aquela turma cuja bandeira não é vermelha, mas teve sua bandeira verde-amarela sequestrada temporariamente, então pode ser que vá para as ruas vestindo azul e branco, que também são cores da Bandeira.

Afinal, a turma do azul e branco sempre quis e continua querendo o que está na Bandeira: ordem para o progresso.

O branco poderá simbolizar a paz que essa turma quer para trabalhar e produzir o sustento de todos, como empresários e operários, autônomos e informais, toda essa gente que não tem tempo nem ânimo para participar de política justamente porque trabalha muito todo dia.

O azul poderá simbolizar o progresso que essa turma quer, com reformas política, tributária, administrativa e funcional - sim, porque essa turma não quer só reforma administrativa para baixar custos dos nossos caríssimos poderes públicos, mas que também passem a funcionar melhor, com menos poder e mais serviços.

Imagem ilustrativa da imagem A turma do azul e branco

Vê-se tantos gritando chega disso, chega daquilo, e essa turma quer gritar chega de pagar tanto imposto, 40% de sua da renda confiscada por impostos embutidos em tudo, para não ter os serviços pelos quais paga assim antecipadamente.

É uma turma que marcha sem precisar de condução nem sanduíche, sem ser convocada por sindicatos ou custeada por políticos.

Seus cartazes não são feitos em série, e não repete velhas palavras-de-ordem, sabendo que o povo mesmo unido parece que é sempre vencido mas, quando essa turma vai pra rua, algumas coisas começam a mudar.

Pois é uma turma que não quer voltar para a esquerda nem para a direita, quer ir em frente.

É a turma do povo honesto e trabalhador que vinha sofrendo uma crise provocada pela política, e passou a sofrer mais com a política travando a economia e atrapalhando o combate à pandemia.

É a turma que não quer mais se iludir com salvadores da pátria, oportunistas de plantão, mártires e heróis, ideologias cegas e utopias totalitárias.

É a turma de quem não se organiza em partidos nem se alinha a ideologias, por isso mesmo consegue ver com os próprios olhos, vendo que as ideologias não correspondem aos fatos, os homens públicos parecem moleques e as milhares de obras paradas continuam paradas.

É uma turma que espera um sistema de governo melhor que esse presidencialismo de coalizão em que o presidente não governa se não se vender, com Congresso egresso de um sistema eleitoral obsoleto, em que partidos e sua propaganda são custeados com dinheiro público.

É a mesma turma que foi para as ruas – em ordem - em 2013, e deve ser a maioria do povo, somando os que votaram na esquerda para não votar na direita e os que votaram na direita para não votar na esquerda.

É aquela gente que tem esperança no futuro e desconsolo no presente, mas que trabalha confiante porque quem trabalha precisa confiar para não esmorecer.

É a turma que, por tudo isso, quer intervenção sempre – do bom senso, da civilidade, da ordem e da responsabilidade civil e militar.