No dia 8 de janeiro de 2020 serão abertos os envelopes para a elaboração dos projetos para a construção e serviços de engenharia do segundo Restaurante Popular de Londrina, que será construído na zona norte. A unidade funcionará na avenida Saul Elkind, ao lado do Colégio Estadual Lúcia Barros Lisboa e próximo ao cemitério Jardim da Saudade. A área será de 1200 metros quadrados (m²). Para comparar, o Restaurante Popular do Centro possui 1202,54 m², e conta com 54 mesas, sala de nutricionista, sanitários, recepção, depósitos, entre outros cômodos. A obra da zona norte está orçada em no máximo R$ 117.192,00.

Imagem ilustrativa da imagem Zona norte de Londrina terá Restaurante Popular
| Foto: Ricardo Chicarelli - 15-07-2019

“Os projetos e a sondagem de solo devem ficar prontos em 120 dias. Depois de abertos os envelopes, eles são encaminhados para a secretaria de Obras para verificar a proposta das empresas, aí devolvem, a pregoeira classifica as empresas, que podem demorar cinco dias para entrar com recurso e outros cinco para entrar com o contra recurso. Se tudo der certo, acredito que até o fim de janeiro, no dia 24, já devem assinar o contrato”, detalha a secretária interina de Gestão Pública, Luciana Leite Monteiro.

Ela explica que o contrato entre o município com a Sepat, que já fornece as refeições no restaurante do centro, já prevê o fornecimento de refeições para o novo restaurante.

EXPECTATIVA

Atualmente são servidas mil refeições diárias no Restaurante Popular “Leonel Brizola”, localizado ao lado do Terminal Urbano de Transporte Coletivo. Cada refeição custa R$ 3 para o consumidor. Os demais R$ 3,94 são subsidiados pela prefeitura. No novo restaurante a capacidade será para servir 1.500 refeições ao dia.

A vendedora Gislaine Alves, 39, trabalha em um depósito de material de construção da avenida Saul Elkind e reside na zona sul, o que torna inviável retornar para casa para almoçar. Ela disse que a abertura do restaurante é bem-vinda, já que atualmente paga R$ 10 na refeição.“Se o valor da refeição do restaurante popular da zona norte for de R$ 3, economizaríamos R$ 7 por dia”, destaca.

A recepcionista de uma academia de ginástica da avenida Saul Elkind (zona norte) relata que a maioria dos funcionários da academia opta por comprar marmitas. “Se montarem o restaurante popular perto daqui vai ficar bem prático para a gente."

MARINGÁ

A secretaria estadual da Agricultura e Abastecimento irá repassar R$ 2,95 milhões para Maringá (Noroeste) construir três restaurantes populares e reformar o já existente. O conjunto de obras e aquisição dos equipamentos necessários está orçado em R$ 3,28 milhões, sendo que a diferença será contrapartida do município.

O restaurante localizado na avenida Lauro Verneck, próximo à Universidade Estadual de Maringá, será reformado e vai funcionar como uma cozinha central, cujas refeições serão distribuídas aos outros três restaurantes que o município vai construir e implantar. Esses ficarão nos bairros Ney Braga, Tuiuti e Honorato Vechi. Os restaurantes maringaenses vão oferecer cerca de 2.100 refeições. Em Maringá a refeição também custa R$ 3.

SEGURANÇA ALIMENTAR

Os recursos para a construção de restaurantes populares são oriundos da secretaria estadual da Agricultura e Abastecimento, e foram viabilizados por meio do Fundo de Combate à Pobreza. Para o secretário Norberto Ortigara, os restaurantes populares são instrumentos para a realização da política de segurança alimentar e nutricional nos municípios, em conjunto com outros equipamentos como as cozinhas e hortas comunitárias, feira de alimentos da agricultura familiar, entre outros.

A diretora do Desan (Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional) da secretaria, Marcia Stolarski, defende o investimento em alimentação saudável, que auxilia na manutenção do peso adequado, melhora a imunidade dos indivíduos e de sua produtividade, prevenção de deficiências nutricionais e de outras patologias decorrentes. “Tudo isso resulta em bem-estar social e maior longevidade da população, entre outros”, afirmou.