Suzana Aparecida Antunes da Silva se orgulha de manter a carteira de vacinação das filhas e do neto em dia
Suzana Aparecida Antunes da Silva se orgulha de manter a carteira de vacinação das filhas e do neto em dia | Foto: Ricardo Chicarelli - Grupo Folha

O infectologista Chaie Feldman, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, conta que durante a residência médica, entre os anos 1970 e 1980, viu as complicações da doença de perto. “Vi crianças morrendo por causa do sarampo. Essa doença tem um potencial de gravidade muito grande e ainda existem milhares de óbitos por causa dela no mundo”, relata.

De acordo com Feldman, a doença pode ter complicações como pneumonia, doenças diarreicas e neurológicas, como a encefalite, entre outras. E a importância de imunizar toda a população é porque além de ser uma doença fatal, ela é altamente contagiosa, através do contato direto entre as pessoas.

“Quem já teve sarampo não vai ter mais, mas para quem não teve a única forma de ficar protegido é tomando a vacina corretamente. Estamos vivendo uma preocupação mundial. Os países estão abraçando um campanha conjunta para conscientizar os viajantes a estarem com a vacinação em dia”.

'FICAR EM CIMA'

Quem contraiu uma série de doenças imunopreveníveis na vida adulta, justamente por não ter sido imunizada na infância, foi a londrinense Suzana Aparecida Antunes da Silva. Essa “experiência” é uma das razões pelo qual se orgulha de manter a carteira de vacinação das filhas e do neto em dia.

“Depois de adulta tive rubéola, caxumba e sarampo quando era mais nova. Minha mãe não tinha orientação, nem mesmo minha carteira de vacinação. Fui tomar a maior parte das vacinas quando fiquei grávida”, comenta ela, que é agente comunitária de saúde na zona sul de Londrina.

No dia a dia, Silva faz visitas domiciliares e conta que infelizmente, muitas famílias não têm a consciência sobre a importância de estar com as vacinas em dia. “Tem muitos que nem têm carteira de vacinação e o nosso trabalho acaba sendo de ficar em cima também dessa questão. Passamos nas casas, lembramos das carteiras e sobre as datas das vacinas, especialmente das crianças”, completa.