O temporal que atingiu Londrina na tarde e na noite de quarta-feira (13) deixou 10 mil imóveis sem energia elétrica e derrubou duas árvores na zona oeste da cidade.

Além da chuva, o município foi atingido por rajadas de vento de até 71,3 km/h por volta das 18h. De acordo com Ângela Beatriz, meteorologista do IDR-PR (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná), os fenômenos climáticos registrados nos últimos dias ocorreram devido a uma frente fria que se formou no Sul do Brasil.

A primeira árvore derrubada pelos fortes ventos estava localizada na avenida Maringá. A queda ocorreu por volta das 17h40 e moradores e comerciantes da região não somente ouviram os barulhos, mas também viram a árvore no chão.

"Vi pelo reflexo do vidro da porta que a árvore tinha caído. Eu e outra funcionária fomos até lá e a árvore estava completamente arrancada, até a raiz. Nisso o trânsito já começou a ficar bagunçado e muita gente estava buzinando, mas não durou muito. Logo a Copel chegou e já voltou ao normal", conta Maria Sabrina da Silva Rodrigues, que trabalha como vendedora em uma loja próxima ao local da queda da árvore.

A segunda queda de árvore foi registrada pela Defesa Civil às 23h32 na rua Antônio Salema, próximo à avenida Arthur Thomas, e derrubou quatro postes de energia elétrica. A Copel também realizou o atendimento inicial da ocorrência e, até a manhã desta quinta-feira (14), os funcionários ainda estavam no local para normalizar a situação.

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ACIDENTE

A queda da árvore na rua Antônio Salema causou, além de transtornos e falta de energia elétrica, um acidente de trânsito. Um motociclista de 25 anos caiu ao acessar a via, que estava impedida. O condutor não percebeu o bloqueio.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o jovem teve ferimentos leves, além de contusões e escoriações, e foi encaminhado para receber atendimento médico na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Sabará.

ENERGIA ELÉTRICA

A Copel informou que, na noite de quarta-feira, mais de 10 mil imóveis ficaram sem energia elétrica em várias regiões de Londrina. Na manhã desta quinta-feira, mais de 90% dos domicílios estavam com o serviço normalizado.

Segundo a Companhia, profissionais trabalharam ao longo da madrugada no atendimento de situações emergenciais provocadas pela queda de galhos e de árvores inteiras sobre a rede elétrica não somente em Londrina, mas em outras cidades da região.

Durante a manhã, as equipes de profissionais trabalham para concluir a religação de 330 imóveis que ainda estavam sem energia. Em municípios próximos, os trabalhos se concentraram, também, em pequenos circuitos, principalmente em áreas rurais.

CHUVAS

Apesar da velocidade dos ventos, o temporal não trouxe a Londrina e à região chuvas intensas. Beatriz aponta que, durante a quarta-feira, os equipamentos do IDR-PR registraram apenas 1,2 milímetro de precipitação no município. A meteorologista, contudo, ressalta que as chuvas podem ter variado de acordo com a região.

A meteorologista Ângela Beatriz explica que a frente fria que atingiu o Norte do Paraná nesta quarta-feira tem se deslocado e a tendência é que se mova em direção à região Sudeste, o que irá deixar o clima estável.

"O aumento da temperatura e os ventos dessa quarta anunciaram a chegada da chuva. O tempo deve seguir instável na quinta, mas nos próximos dias a tendência é que não chova. Quanto à temperatura, tivemos o dia mais quente do ano na quarta, quando o termômetro chegou a marcar 36 ºC. Na quinta teremos temperaturas baixas, mas nos dias seguintes voltam a subir".

Segundo o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná), o tempo volta a ficar estável nesta sexta no Paraná e a previsão é de declínio de temperaturas. Em Londrina, a previsão é de mínima de 10°C e máxima de 27°