Paulo Ubiratan
De Londrina
Uma vendedora de Londrina está tentando fazer com que a Companhia Municipal de Urbanização (Comurb) cuide e conserve uma árvore que está infestada de cupim em frente à sua casa. ‘‘Não vou permitir que aleatoriamente cortem esta árvore. Se fizerem isto estarão praticando um crime’’, afirmou, revoltada, Maria José Benardo Menegazzo, moradora na Rua Henrique Dias, 221, no Jardim Petrópolis (centro). Ela reclamou que anteontem, pela manhã, uma equipe da Comurb tentou cortar a árvore sem apresentar laudo que provasse a necessidade de erradicá-la.
A vendedora afirmou que comprou defensivos para combater os cupins e apenas pediu para os funcionários da Comurb aplicá-los na árvore. ‘‘Apesar do meu pedido ser para outra finalidade, o pessoal da Comurb chegou aqui pronto para cortar a árvore. Quando fui perguntar o que estavam fazendo, eles informaram que apenas estavam podando e se retiraram rapidamente. Antes de eu chegar já haviam cortado uns galhos. Posso afirmar que esta época do ano não serve para poda’’, alegou.
O diretor-técnico-operacional da Comurb, Humberto Rodrigues de Lima, garantiu que não havia intenção de erradicar a árvore, mas apenas podá-la. No entanto, não soube informar se tecnicamente esta época do ano não serve para a prática. Por outro lado, Humberto de Lima afirmou que, se por intermédio de laudo for provada a necessidade de erradicar a árvore, ela será mesmo cortada.
‘‘Reconheço o sentimento ecológico da senhora Maria José, mas se for necessário vamos cortar a árvore, independente de sua vontade. Não podemos ir contra quem conhece o ramo’’, garantiu Humberto Rodrigues. Ele disse que a Comurb adquiriu e aplicou defensivos na árvore para matar os cupins.
Maria José afirmou que mesmo com laudos aprovando o corte vai lutar até o fim para que a árvore não seja derrubada. ‘‘Faço isto por princípio de cidadania em relação a outras gerações que habitarão Londrina. Apenas um laudo não tem o poder de tirar uma vida. Matar uma árvore, somente em último caso.’’