Venda de Finados atrai poucos ambulantes
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quarta-feira, 31 de outubro de 2001
Célia Guerra<br>De Londrina
Os pontos de venda nos cemitérios de Londrina para comércio no Dia de Finados não atraíram os ambulantes. Das 591 vagas oferecidas pela Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), apenas 242 foram preenchidas e as inscrições terminaram ontem. Na avaliação do coordenador da Assessoria de Assuntos Comunitários, Carlos Alberto Xavier, os motivos são a falta de dinheiro e o não-cumprimento das regras estabelecidas para a comercialização.
Xavier destaca que a maioria das pessoas buscava vagas para a venda de alimentos. A autorização, entretanto, só foi concedida para os ambulantes que possuíam licença da Vigilância Sanitária. As vendas começam hoje e se estendem até o domingo. O horário de funcionamento será o mesmo dos cemitérios, das 8 horas às 18 horas. Amanhã, o tempo é maior, pois os portões abrem às 7 horas e fecham às 19 horas.
A Diretoria de Trânsito da CMTU informou que amanhã e sábado será interditada apenas meia pista das ruas que circundam os cemitérios. O 5º Batalhão da Polícia Militar preparou um esquema intensivo de policiamento nos cemitérios. O comandante Rubens Guimarães de Souza disse que os policiais ficarão do lado de fora circulando em viaturas e a pé. Os policiais da Companhia de Trânsito controlarão de moto o trânsito as ruas nos locais onde houver congestionamento de veículos. A medida é preventiva pois o movimento intenso de pessoas aumenta também o número de furtos.
Ontem, mesmo após ter encerrado o prazo para a limpeza dos túmulos, muitas pessoas estiveram nos cemitérios retocando a arrumação. A ordem repassada pela Autarquia de Serviços Especiais (Acesf) era de não permitir a entrada de pessoas com baldes e vassouras. No Cemitério São Pedro, área central, o registro de água foi fechado.
A determinação causou revolta em algumas pessoas, como as irmãs Marlene Masso Capriglione, Carmem Masso Quelho e Leonor Masso da Cunha. Elas disseram que só ontem tiveram tempo disponível para a limpeza do túmulo dos familiares. Apenas um dos reservatórios tinha água, mas estava suja. Carmem reclamou que nem mesmo os banheiros puderam ser utilizados pois estavam imundos.
A superintendente da Acesf, Cláudia Prochet, disse que ontem o dia era destinado à limpeza interna dos cemitérios pelos funcionários da autarquia. . Ela justificou que a população foi ''muito bem informada'' sobre as dias em que a limpeza poderia ser realizada. Segundo Prochet, o decreto que estabelece os prazos é de 1996 e, mesmo assim, as reclamações ocorrem todos os anos.