Na segunda-feira (5), a velocidade máxima permitida nas avenidas Santos Dumont (zona leste), Juscelino Kubistchek (centro) e Tiradentes (zona oeste) será alterada de 60 quilômetros por hora para 50. Juntas, as vias têm cerca de oito quilômetros de extensão. A mudança proposta pela CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização), segundo o presidente da companhia, levou em conta estudos técnicos e a possibilidade de redução de acidentes.

“Queremos preservar vidas e fazer do trânsito um ambiente mais seguro. Estudos mostram que com essa mudança haverá um respeito maior à vida. Reduzindo estes dez quilômetros a chance de um atropelamento ser fatal, por exemplo, diminui de 95% para 45%. A pessoa gastará poucos segundos a mais para percorrer estas vias, mas evitando possíveis acidentes”, afirmou Marcelo Cortez. A exceção do limite será apenas nas proximidades de estabelecimentos de ensino, que permanecerão em 30 km/h.

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De acordo com a CMTU, um teste realizado pela diretoria de Trânsito constatou que se um condutor manter a velocidade constante de 60 km/h ao percorrer as avenidas Santos Dumont, JK e Tiradentes, o tempo de deslocamento seria entre elas é de oito minutos, sem levar em conta as paradas nos semáforos. Já a 50 km/h a duração da viagem teria, em média, um minuto e 36 segundos a mais.

As placas nas três avenidas londrinenses, assim como a sinalização horizontal, já foram trocadas para a nova velocidade. “Estivemos nestas vias durante todo o mês de maio, informando a mudança, porque não queremos que ninguém seja pego de surpresa. Está sendo dada ampla publicidade. O intuito sempre é fazer com que a velocidade seja respeitada e a diminuição não vai atrapalhar ninguém”, destacou.

Os radares que ficam na via só começarão a multar quem passar dos 50 km/h também na segunda. Nesta quinta-feira (1º), ações lúdicas nos sinaleiros estavam chamando a atenção para a novidade.

MOTORISTAS

Entre os motoristas, a modificação divide opiniões. “Vai ser bom. São vias de grande movimento, muitas pessoas andam aceleradas. Podendo dirigir até 50 km/h tende a ter menos acidentes”, comentou o motorista Leandro Alves. “São avenidas longas e já têm semáforo e radar para evitar excesso de velocidade. Diminuir só vai atrasar as pessoas e fazer com que levem multa até acostumar. Acho desnecessário alterar”, criticou o aposentado Arlindo Silva.

NÚMEROS

A CMTU não descarta reduzir a velocidade de outros locais, no entanto, garantiu que no momento não há estudo em andamento. No ano passado, a avenida Angelina Ricci Vezzozo, na região leste, foi padronizada em 50 km/h. Anteriormente, a máxima oscilava em até 70 km/h. Em 2022, a cidade teve 2.708 acidentes e 56 óbitos no trânsito. Entre janeiro e março deste ano foram 655 ocorrências, com 16 mortos, sendo seis na PR-445.

SEMÁFOROS

Marcelo Cortez disse que o projeto é melhorar o fluxo nas avenidas, entre outras vias importantes, otimizando a chamada “onda verde”. No entanto, isto depende da liberação da licitação para contratar uma empresa terceirizada para prestação de serviços de atualização tecnológica, fornecimento de controladores e outros materiais semafóricos e manutenção de central. O edital de quase R$ 20 milhões foi suspenso pelo TCE-PR (Tribunal de Contas do Estado do Paraná) em março, após apontamentos da Coordenadoria de Acompanhamento de Atos de Gestão do tribunal.

“Temos um parque semafórico que não ‘se conversa’, com marcas diferentes, não fica centralizado e temos dificuldades na manutenção. Estamos fazendo um processo licitatório para modernizar. Isto também faz um trânsito mais seguro. Temos discutido (os questionamentos) no TCE-PR e assim que se manifestar, caso sejam necessárias modificações, sem problemas. O que queremos é fazer uma licitação transparente”, pontuou.

Passeio pela zona sul vai celebrar Dia Mundial da Bicicleta

A CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) promove neste sábado (3) um passeio ciclístico, para celebrar o Dia Mundial da Bicicleta. A largada do evento Cidade em Movimento será às 15h, com concentração no gramado do Centro Cívico (zona sul de Londrina). A pedalada terá um percurso de 15 quilômetros.

Os participantes vão passar por várias vias da zona sul, entre elas a avenida Inglaterra, rua Bélgica, marginal da PR-445 e avenida Harry Prochet. O ponto final será o Jardim Botânico de Londrina, voltando na sequência para frente do prédio da prefeitura.

A atividade é aberta para todas as idades e não é necessário fazer inscrição. “É um passeio para toda a família e com o intuito de reunir as pessoas para passear pela cidade, ver pontos turísticos, mostrar que é possível pedalar com segurança e tranquilidade. Terá apoio das forças de segurança, o trânsito estará isolado”, explicou Carlos Eduardo Ribeiro, gerente de Comunicação e agente municipal de trânsito. Segundo ele, não estão previstas interdições de vias, mas em áreas de cruzamento haverá obstruções momentâneas à medida que o comboio avançar.

O Dia Mundial da Bicicleta foi instituído através da resolução 72/272 da Organização das Nações Unidas (ONU). Ao definir a data, a Assembleia Geral do órgão pediu aos países que incentivem o pedalar como forma de promoção do desenvolvimento sustentável e de reforço da educação física para crianças e jovens.

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