Além da cobertura estreita, passageiros de Cambé citam a diferença de nível entre a plataforma do terminal e o asfalto
Além da cobertura estreita, passageiros de Cambé citam a diferença de nível entre a plataforma do terminal e o asfalto | Foto: Fotos: Saulo Ohara



"Quando chove, todo mundo fica embaixo do telhado com o guarda-chuva aberto". Essa é a situação descrita pela vendedora Valdineia Cavalari, sobre os dias de chuva no novo terminal de transporte urbano de Cambé (Região Metropolitana de Londrina). A estrutura foi entregue em dezembro de 2017, mas já apresenta problemas. Cavalari, que passa mais de 10 horas no local, afirma presenciar os transtornos que os usuários enfrentam. "Essa estrutura não protege nada. A chuva invade mesmo", reforçou.

Adilson Sanches, que passa pelo terminal diariamente, é enfático ao dizer que o problema está na cobertura, que é estreita. "Até na hora de entrar nos ônibus a gente se molha porque o telhado não cobre nem os ônibus. Essa estrutura tinha que ser estendida dos dois lados", opinou.

A falta de proteção da chuva tem sido a principal queixa, mas há outras adversidades apontadas pelos usuários. Como a diferença de nível entre a plataforma do terminal e o asfalto, que tem demandado um maior cuidado dos passageiros no acesso ao coletivo.

No dia que a reportagem esteve no terminal, localizado na na rua Belo Horizonte, presenciou a queda de uma funcionária que, por sorte, não se feriu. "Quem fica mais exposto ao perigo são os idosos. Praticamente todo dia alguém se machuca ali", acrescentou Cavalari.

Além disso, a rampa de acessibilidade construída atrás do terminal não tem previsão para ser utilizada. Isso porque um dos acessos fica em um terreno baldio, com mato alto.

ATRASO
A construção do terminal custou cerca de R$ 800 mil e a previsão inicial de entrega era em setembro de 2016. "Recebemos a obra com aproximadamente 50% do projeto executado e terminamos de concluí-la em um ano", comentou o secretário de Planejamento de Cambé, Mário Vander.

Ele informou que a secretaria estuda uma solução para abrigar a população utilizando a estrutura existente. "A ideia ainda está sendo projetada, mas possivelmente serão instalados vidros para proteger os usuários da chuva e do frio", afirmou.

Vander adianta que é prematuro falar em prazo para conclusão dessas melhorias. "Com o projeto definido, o prefeito irá apresentá-lo a representantes da comunidade e os recursos serão do próprio município", completou.

Em relação à rampa de acessibilidade e o desnível entre o asfalto e o piso do terminal, o secretário diz que a rampa foi construída para que os usuários acessem o terminal de um estacionamento que futuramente funcionará no terreno baldio. "Já a altura da plataforma que dá acesso aos ônibus está correta", destacou Vander, ressaltando que algumas medidas simples podem ser tomadas, como diminuir a distância entre o ônibus e o piso do terminal a fim de evitar possíveis acidentes.

A FOLHA ainda constatou a ausência de bebedouro. A assessoria de comunicação da prefeitura informou que uma licitação para compra dos equipamentos foi homologada recentemente e que os mesmos deverão ser adquiridos em breve.