Imagem ilustrativa da imagem Usuários do transporte coletivo em Londrina reclamam de superlotação
| Foto: Isaac Fontana/Frame Photo/Folhapress

Usuários do transporte coletivo reclamam do excesso de passageiros nas linhas de ônibus. Segundo eles, nos terminais de Londrina não há controle de passageiros e os veículos chegam e saem lotados. A CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização), responsável pela fiscalização do serviço, afirma que agentes monitoram o embarque para evitar a superlotação, mas os usuários se queixam das condições em que são transportados.

A zeladora Andrea Bueno de Moraes utiliza duas linhas diariamente para se deslocar de casa, na zona norte, para o trabalho, na zona sul. As duas linhas, segundo ela, são sempre lotadas. “Não há limite de passageiros. Está muito difícil e vejo as autoridades fazendo nada por nós. Os ônibus estão sujos. Às vezes, algum motorista espirra álcool na nossa mão, mas tinha que ter pelo menos três frascos para higienizar atrás do ônibus e no meio. A roleta é toda suja e os ferros onde vamos segurar, também. Não vejo ninguém limpando”, reclamou. “Não pode ter aglomeração, mas os ônibus podem sair lotados. Estou em pânico. Perdi minha mãe no dia 2 de março para a Covid, não quero mais perder ninguém.”

Segundo a zeladora, o retorno para casa, no final da tarde, é igualmente complicado. Os ônibus circulam sempre lotados, o que torna impossível seguir a regra do distanciamento social dentro do transporte público.

INTERMUNICIPAL

Na avenida Leste-Oeste, onde fica o ponto de parada dos ônibus intermunicipais, a situação não é diferente. O motorista Marcos Simões dos Santos mora em Cambé e trabalha em Londrina e também se queixa da superlotação na linha Ibiporã-Cambé, que utiliza para retornar para casa no final do dia. O excesso de passageiros é recorrente nos horários de pico e não há escolha. A aglomeração dentro dos ônibus é inevitável. “De manhã é mais tranquilo, mas à tarde, quando pego o ônibus, às 17h50, coincide com o horário de saída dos funcionários do comércio e é muito cheio. Não tem álcool. Deveria pelo menos ter álcool dentro do ônibus.”

Por meio de sua assessoria de imprensa, a CMTU informou que acompanha a situação do transporte coletivo após a restrição do horário do comércio, das 10 às 17 horas, de segunda a sexta-feira. A companhia disse ainda que os agentes são orientados a monitorar o embarque de passageiros nos terminais, buscando evitar que ocorra excesso de usuários dentro dos ônibus.

EXTRAS

Veículos extras e reservas, disse a CMTU, estão à disposição para atender o restante da demanda, caso seja necessário. Noventa por cento da frota está em circulação, sendo 9% de veículos extras e reservas. “Solicitamos aos usuários do transporte público que aguardem o veículo extra ou reserva, que estão à disposição nos terminais, para evitar aglomerações por conta da pandemia da Covid-19", orientou.

A companhia ressaltou também que o cumprimento do escalonamento dos horários de início e término das atividades econômicas é fundamental para reduzir a concentração de usuários nos horários de pico.

A assessoria de imprensa da TIL, empresa responsável pelo transporte intermunicipal, informou que segue todas as orientações dos órgãos de saúde e higieniza diariamente os ônibus de sua frota.

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