Mais de quatro anos depois das fortes chuvas que deixaram um rastro de destruição em Londrina, três pontes que não receberam intervenções logo após o temporal começaram a ser revitalizadas. Todas as estruturas ficam na região sul: ao lado do parque ecológico Daisaku Ikeda, nos fundos do Monte Carmelo e no prolongamento da avenida dos Ipês. As duas primeiras estão sobre o ribeirão Três Bocas e a última na transposição do ribeirão Cafezal.

Uma empresa de Santa Catarina venceu a licitação para as melhorias – que foi dividida em três lotes -, ao custo de R$ 1,1 milhão, com recursos do Município. O prazo para finalização é de quatro meses, a partir da assinatura da ordem de serviço, o que aconteceu há cerca de duas semanas. Na ponte próxima ao Daisaku Ikeda, por exemplo, uma análise técnica constatou um desnível de 22 centímetros no encontro da cabeceira no sentido à área rural, além de trincas no pilar de contenção.

SEM GUARDA-CORPO

A passarela é muito utilizada por moradores de chácaras e sítios ao longo da rodovia João Alves da Rocha Loures, mas um dos problemas é que não conta com guarda-corpo. “Muitos motoristas transitam por aqui em alta velocidade e é um perigo. Se não fizer a curva certo cai no ribeirão”, apontou o funcionário público Clóvis Conceição. “Melhor arrumar agora do que nada”, afirmou.

REFORÇO ESTRUTURAL

A ponte situada no prolongamento da rua Monte Carmelo receberá reforço estrutural no vão que se abriu em um dos pilares, o que dará suporte ao apoio existente, para nivelar a pista novamente. Pedalando pela localidade com frequência, Milton Mendes Miranda tem acompanhado a evolução dos serviços. “Começaram a mexer na semana passada. Passei por aqui há oito dias e não tinha nada ainda”, contou. Nos dois lados da ponte foram levantados pelos operários armações com eucaliptos.

Com pouco mais de oito metros, a edificação entre a rua Adalberto Luis Pirola e a estrada Armarinho Paulista tem o maior orçamento: R$ 389 mil. Laudo elaborado por empresa especializada contratada pelo município identificou uma ruptura na cabeceira da ponte. Devido ao problema, a drenagem está comprometida, gerando acúmulo de terra no ponto com a depressão.

TENTATIVAS FRUSTRADAS

Segundo o secretário municipal de Obras e Pavimentação, João Verçosa, na época das fortes chuvas, dez pontes foram recuperadas, com recursos do governo federal. Restaram as três estruturas que agora receberão reforço. “São pontes que não foram interditadas, mas anotadas as situações precárias, com necessidade de recuperação. Demandou tempo para contratação do projeto, laudos, orçamento”, elencou. O dinheiro para os trabalhos é do município.

Outro fator indicado para a demora foi a dificuldade na contratação de uma empresa que assumisse as obras. Três editais foram lançados e deram desertos, até que no quarto houve vencedora. “Foi quase um ano somente no professo de licitação. Na última mudamos o modelo e deu certo. É um reforço e não reconstrução. Cada uma tem suas características e será feito o que for necessário para dar segurança”, ressaltou.

EXECUÇÃO

A expectativa é que durante a execução, em alguns momentos, haja o bloqueio total da pista, entretanto, na maioria do tempo será permitido o trânsito de veículos e pedestres, principalmente na ponte perto do parque Daisaku Ikeda, já que é a única via de acesso para a população.