De portas fechadas para os alunos desde 17 de março, a UEL (Universidade Estadual de Londrina) projeta uma volta às aulas – de forma virtual – como uma medida para reduzir os impactos no calendário acadêmico, mas sem descuidar das restrições de saúde exigidas na pandemia da Covid-19. A Câmara de Graduação da instituição se reuniu na sexta-feira (5) decidiu pelo encaminhamento de uma proposta que deverá ser votada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, ainda sem uma data marcada.

Imagem ilustrativa da imagem UEL discute voltas às aulas virtual no fim do mês
| Foto: Arquivo FOLHA

Se aprovado, o planejamento prevê um retorno às atividades no dia 29 de junho. Com a proposta o ano letivo de 2020 iria se estender até 28 de junho de 2021. “A Câmara foi muito cuidadosa pensando num calendário com 274 dias letivos, permitindo que as atividades sejam ofertadas gradualmente. Desse modo podemos retomar atividades, mas também fazer um acompanhamento dos trabalhos curriculares veiculados aos cursos”, afirmou Marta Favaro, pró-reitora de graduação da UEL.

No plano, as duas primeiras semanas serão de preparação e acolhida dos estudantes para serem utilizadas a critério dos colegiados de cursos, chamado “Virtuel: Refletindo e Capacitando”. “Alguns cursos podem organizar depois da retomada, dias de acolhimento para construírem o modo de fazer o curso nesta fase o atendimento não possa ser presencial. O calendário estendido permite essa possibilidade interna de organização de departamento”, explicou Favaro.

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DESAFIO

Com 13.051 alunos, divididos em 53 cursos de graduação, a UEL tem um enorme desafio em retomar suas atividades, por isso a discussão do plano de aulas inicialmente de forma virtual. Somente em outro momento, quando os riscos impostos pela pandemia demonstrarem estar reduzidos, que as aulas presenciais deverão ser retomadas, seguindo critérios sanitários específicos.

A discussão teve início ainda em maio, em reunião conjunta, do Conselho de Administração e do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão que formalizaram três comissões para analisar as possibilidades de retomada do calendário. Os grupos de trabalhos analisaram as questões relacionadas à saúde, o trabalho administrativo e as especificidades acadêmicas.

ESFORÇO

Por nota, o reitor da UEL Sérgio Carlos de Carvalho afirmou que a proposta representa o esforço da instituição. “Precisamos analisar com essa juventude o momento que vivemos, e encontrar respostas para os problemas atuais. Uma universidade pulsante e viva pode encontrar as respostas necessárias. Precisamos discutir criticamente o momento e os desafios que essa geração tem para enfrentar”, afirmou o reitor.