A campanha “UEL na Luta Contra o Racismo”, que tem como objetivo promover ações estratégicas e permanentes de enfrentamento e combate à discriminação racial, será lançada nesta terça-feira (21), no campus da Universidade Estadual de Londrina. O evento, que começa às 19h30, no anfiteatro do CLCH (Centro de Letras e Ciências Humanas), marca o Dia Internacional da Luta pela Eliminação da Discriminação Racial e o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas (21 de março).

A campanha é resultado de uma série de ações que a UEL vem promovendo, desde julho de 2022, para ampliar o debate sobre racismo e implementar uma cultura antirracista dentro da instituição. Uma das atividades já desenvolvidas foi a criação do portal GT UEL – Enfrentamento ao racismo, que reúne materiais sobre a temática e dialoga com a comunidade universitária para coletar ideias de enfrentamento à discriminação racial a serem executadas.

Segundo a coordenadora do Neab (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros), Marleide Perrude, com o lançamento da campanha, a UEL se coloca como um agente de mudança na luta antirracista e busca avançar por meio de processos educativos. “Ser antirracista é ir além de denunciar o crime de racismo ou a injúria racial, é ser agente de mudança, é atuar ativamente contra toda e qualquer forma de racismo e discriminação”, pontua.

Além do Neab, a Cuia (Comissão Universidade Para os Indígenas) também participa ativamente da campanha. “Não podemos compactuar com o racismo. Somos sensíveis, comprometidos e solidários à causa. Nesta direção, propomos ações reparadoras, como a formação de professores com o foco em uma educação antirracista e, sobretudo, atuamos na formação dos acadêmicos indígenas, pensando em uma formação e educação para além da universidade”, explica a coordenadora da Cuia, Eloá Soares Dutra Kastelic Ela destaca que, além das ações de combate ao racismo contra pretos e pardos, a campanha ampara os indígenas.

A “UEL na Luta Contra o Racismo” terá suas ações amparadas em quatro eixos: reconhecimento da existência do racismo no cotidiano; visibilidade para ações de enfrentamento e superação do racismo; formação de uma comunidade antirracista; e denúncia de atitudes racistas. As atividades serão pensadas e desenvolvidas em conjunto com a comunidade universitária, movimento negro e demais segmentos da sociedade que atuam na luta antirracista e/ou que são vulnerabilizados.

ATO SIMBÓLICO

A partir das 18h desta terça-feira será realizado um ato simbólico para o lançamento da campanha, com o plantio de uma árvore nas proximidades do Neab. Às 19h, os participantes seguem para o Anfiteatro Maior do CLCH, onde haverá a assinatura de uma carta em apoio à campanha.

Ainda no Anfiteatro do CLCH, às 19h30, está prevista a mesa redonda “Cenários políticos e jurídicos para a luta contra o racismo no Brasil”, composta pela procuradora Dora Lúcia de Lima Bertulio, da UFPR (Universidade Federal do Paraná) e pelo professor Reginaldo Aparecido Alves (Reginaldo Nimboadju), Cacique da Terra Indígena de Pinhalzinho, localizada em Tomazina (Norte Pioneiro).

(Com informações da Agência UEL)

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