UEL divulga a cartilha 'Mais Meninas, Mais Mulheres na Ciência'
Documento aborda caminhos e desafios da representatividade feminina na ciência; confira algumas recomendações
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segunda-feira, 29 de julho de 2024
Documento aborda caminhos e desafios da representatividade feminina na ciência; confira algumas recomendações
Reportagem local
Está disponível para download a cartilha “Mais Meninas, Mais Mulheres na Ciência”, cujo objetivo é promover uma reflexão com vistas para o crescimento da representatividade feminina nos espaços de pesquisa.
Além de promover a discussão, o documento da UEL (Universidade Estadual de Londrina) apresenta os resultados de uma ação desenvolvida pelo Projeto Safety, do Departamento de Saúde Coletiva (CCS), em conjunto com o Gabinete da Reitoria e as pró-reitorias de Graduação (Prograd), Pesquisa e Pós-Graduação (ProPPG), Extensão, Cultura e Sociedade (Proex) e Planejamento (Proplan).
Construído coletivamente por um grupo de pesquisadoras da UEL, o documento aborda questões que perpassam valores sociais, especialmente no que diz respeito aos papéis pré-determinados historicamente na sociedade brasileira. O resultado é uma estrutura menos favorável às mulheres para o desenvolvimento de uma carreira acadêmica, conforme sugerem dados trazidos na cartilha.
"No Brasil, as mulheres representam 54% dos títulos de doutorado (UNESCO, 2021), 60% das bolsas de iniciação científica, mas apenas 35% das bolsas de produtividade do CNPq (CNPq, 2023), que geralmente são alcançadas no topo da carreira", cita a cartilha.
"Apesar das dificuldades impostas pela desigualdade estrutural de gênero, debatidas nesta introdução, hoje mulheres já são maioria nas universidades. Na Universidade Estadual de Londrina, com aproximadamente 22.000 indivíduos, 58% da comunidade é formada por mulheres. As mulheres ocupam 23 cargos da Administração Direta na Universidade. 612 projetos de pesquisa, 144 projetos de extensão e 116 projetos de ensino são coordenados por mulheres. As mulheres que hoje estão presentes nestes espaços podem e devem refletir sobre a posição que ocupam e sobre como tornar o acesso e a permanência de meninas, menines e mulheres na ciência uma política institucional", acrescenta.
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ESTRATÉGIAS
Além de trazer os dados e os resultados das dinâmicas de trabalho colocadas em prática durante a oficina, o documento traz recomendações que servem como estratégia para o aumento da representatividade feminina.
Este movimento, apontam as pesquisadores, deve ter início já no ensino básico por meio de estratégias de aproximação dos estudantes do Ensino Fundamental e Médio de ações e projetos desenvolvidos nas universidades.
Entre as recomendações, destacam-se a elaboração e execução de editais que concedam bolsas e auxílio financeiro específicos para mulheres; a promoção de ações que estimulem a aproximação de meninas desde a educação básica à universidade; e a ampliação da divulgação de conhecimentos relacionados aos direitos das mulheres.
CRIAÇÃO
A criação da cartilha “Mais Meninas e Mais Mulheres na Ciência” foi uma ação coordenada pela professora Marselle Nobre de Carvalho, do Departamento de Saúde Coletiva (CCS), ao lado da doutora em Saúde Coletiva pela UEL Silvia Karla de Andrade. Também integraram a comissão organizadora a diretora de Eventos, Cultura e Relações com a Sociedade da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Sociedade (Proex), Ana Luisa Boavista Cavalcante, e a servidora Lícia Maria Munhoz Manzano, da Pró-Reitoria de Planejamento (Proplan).
(Com informações da Agência UEL)