Quase dez meses depois, os pacientes da UBS (Unidade Básica de Saúde) da Usina Três Bocas, na região sul de Londrina, enfim, voltaram a ser atendidos no prédio próprio, que fica à margem da rodovia João Alves da Rocha Loures. Inicialmente, os moradores foram transferidos para um espaço provisório na igreja que fica a 150 metros de distância. A projeção era de que as melhorias durassem três meses, até abril, mas o prazo não fui cumprido.

No mês passado, os pacientes foram direcionados para o posto de saúde do Itapoã, a sete quilômetros de distância, o que gerou revolta e provocou protestos. A principal intervenção na unidade foi a construção de uma rampa de acessibilidade. “Infelizmente tivemos contratempos. As chuvas causaram o desmoronamento de um serviço que já estava adiantado, a empresa teve que retomar praticamente do zero, fazer reforços”, ponderou Felippe Machado, secretário municipal de Saúde.

Outra dificuldade foi o local escolhido para a edificação da rampa, com acesso pela beirada da pista, o que foi alvo de questionamento do DER-PR (Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná), que em junho notificou o município após constatar riscos para motoristas e pedestres. O órgão liberou a obra no mês seguinte após a prefeitura adaptar o projeto, com reforço na segurança.

“A empresa fez as adequações e, na sequência, a equipe da secretaria municipal de Obras e Pavimentação deu recebimento na obra. Nos organizamos com a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) com a sinalização para garantir a segurança dos pedestres. Vencidas essas etapas pudemos reiniciar os atendimentos (no último dia 20 de novembro)”, explicou.

‘COBRANÇA FOI IMPORTANTE’

A obra custou R$ 363 mil. “Existia uma queixa antiga da população em relação à acessibilidade. A entrada antiga do posto era muito íngreme, cadeirantes e pessoas com dificuldade de mobilidade tinham problemas para subir. Foi feito o projeto com a rampa, corrimão. Paralelamente fizemos a pintura e outras correções”, destacou.

O retorno da unidade foi comemorado pelos pacientes, que aos poucos estão tendo a rotina normalizada. “Dependemos de ônibus e estava difícil para quem trabalha e também idosos, diabéticos, quem precisa de remédio controlado. Desde a reabertura está tendo bastante procura. A mídia ter ficado em cima e toda a cobrança foi importante. O retorno ainda permitiu 'desafogar' os atendimentos no Itapoã, onde estávamos tendo que ir”, comentou a diarista Rosana Rodrigues Bastos.

UBS CHEFE NEWTON

Uma empresa de Londrina venceu a licitação para revitalizar a UBS do conjunto Chefe Newton, na região norte de Londrina. A empreiteira ofereceu proposta de R$ 464 mil, sendo R$ 114 mil a menos em relação ao que o município pretendia gastar. O período para finalizar o trabalho é de três meses.

A secretaria de Saúde agora busca um lugar para transferir o atendimento da unidade durante as intervenções. “Nenhuma das reformas (de UBS) previstas para os próximos dias é possível fazer com o posto em funcionamento, ou seja, o prédio terá que ser desocupado. São intervenções menores em relação a outras unidades que fizemos no início, porque estão mais conservadas, mas vão contemplar parte elétrica, hidráulica, pintura, novos equipamentos”, explicou.

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