O chefe do Estado Maior da Polícia Militar do Paraná, coronel Gilberto Foltran, assume na semana que vem o comando geral da Polícia Militar. Foltran vai ficar no lugar de Guaraci Moraes Barros, que solicitou afastamento para tratamento de saúde. O comandante geral da PM tem câncer.
Gilberto Foltran já foi comunicado da decisão. Guaraci Barros reuniu-se na última segunda-feira com o secretário da Segurança Pública, José Tavares, em Curitiba para falar da doença. A licença do comandante da PM deve durar no mínimo 15 dias. Salvo mudança de última hora, a cirurgia está marcada para a próxima terça, em Curitiba.
A Folha apurou que o comandante da PM pretende emendar a licença médica com as suas férias. Em maio, o coronel se aposenta e entra para a reserva. Gilberto Foltran deve ser efetivado na função de comandante geral. Ontem, ele lamentou a licença. Há 30 anos na corporação, Foltran não confirmou que Guaraci Barros vai ficar licenciado até se aposentar. Disse que o retorno do coronel ao comando geral da PM depende da convalescença e que nos seus cálculos isso pode acontecer em 15 dias.
Guaraci Barros está no comando da PM desde 1999. Entrou no lugar do ex-comandante geral Luiz Fernando de Lara, afastado pelo governador Jaime Lerner (PFL) por conta do escândalo das jaquetas coreanas. Lara foi acusado de emprestar dinheiro público para o empresário e amigo Georges Pantazis, dono de uma empresa que importa jaquetas. O processo corre na Justiça Militar.
A ascensão de Guaraci Barros ao comando geral da PM também serviu para acalmar os ânimos da corporação. Meses antes da queda de Lara, o clima entre as polícias Militar e Civil não era dos mais amistosos. Conhecido na corporação pelo pulso firme e pela sinceridade, Guaraci Barros ajudou o então secretário de Segurança, Cândido Martins de Oliveira, a contornar a crise. Ao assumir a Segurança, em maio do ano passado, no lugar de Cândido Martins, José Tavares decidiu manter o comandante geral na função.