Melhorou o estado de saúde do tratador de animais Marco Aurélio da Silva, 19 anos, internado há oito dias na UTI do Hospital Santa Rita, em Maringá. Segundo boletim médico de ontem, ele voltou a ficar consciente, embora seu estado ainda fosse grave. O médico Hiram Moura Castilho, do Santa Rita, afirmou que Marco está ‘‘deixando o estado grave, mas ainda precisa de muitos cuidados’’.
Marco foi atacado por dois cães da raça mastin napolitano há dez dias, no Canil Freedog, em Maringá, onde travalhava há dez meses sem carteira assinada. Ele estava vestindo bermudas e camiseta na hora do ataque dos animais. Os cães são os mesmos que atacaram e mataram o dono Mário Tamia, de Apucarana, em dezembro. Ontem, Kazuo Tamia, filho de Mário Tamia, confirmou à polícia que foi o dono do Canil Freedog, Ari Marcos Borges da Silva, quem levou os animais de Apucarana para Maringá.
O delegado Benedito Aurélio Gonçalves, que preside o inquérito do ataque dos cães ao tratador, vai pedir à Justiça, segunda-feira, autorização para sacrificar os animais. Ele vai basear seu pedido no decreto-lei 24.645, de 10 de julho de 1934, assinado pelo presidente Getúlio Vargas, que acabou se constituindo no Código de Proteção aos Animais. O artigo 13 desta lei diz que se a ferocidade dos animais for comprovada eles poderão ser sacrificados.
O médico Hiram Castilho revelou que foi necessário amputar a perna do rapaz por causa do germe denominado ‘‘Anairóbio’’ (que vive sem necessidade de oxigênio), que contaminou Marco no momento das mordidas dos cães.