Cerca de 220 pessoas participaram na última segunda (2) e nesta terça-feira (3) da 3ª microsseletiva regional do Torneio de Robótica – FLL (First Lego League) e FTC (First Tech Challenge), realizada no Colégio Sesi Internacional de Londrina. Tanto o FLL, quanto o FTC apresentam conceitos de programação, robótica e inovação, desenvolvendo habilidades de maneira lúdica e, ao mesmo tempo, preparam os jovens para os desafios da indústria que deverão ser enfrentados em suas carreiras profissionais. O programa busca incentivar crianças e jovens a pensarem como cientistas e pesquisadores, lançando problemas do mundo real em que os jovens são desafiados a construir e projetar robôs para cumprir missões específicas, como também a propor soluções concretas para os problemas discutidos.

Cerca de 220 pessoas participaram na última segunda (2) e nesta terça-feira (3) da 3ª microsseletiva regional do Torneio de Robótica – FLL (First Lego League) e FTC (First Tech Challenge), realizada no Colégio Sesi Internacional de Londrina.
Cerca de 220 pessoas participaram na última segunda (2) e nesta terça-feira (3) da 3ª microsseletiva regional do Torneio de Robótica – FLL (First Lego League) e FTC (First Tech Challenge), realizada no Colégio Sesi Internacional de Londrina. | Foto: Vítor Ogawa/Grupo Folha

A aluna do 2º ano do Ensino Médio Colégio Sesi Internacional de Londrina, Júlia dos Santos Souza, 16 anos, participa desde o 7º ano. “Estou na minha quinta temporada. Quando comecei era bem competitiva e hoje vejo que não adianta a minha equipe ser a melhor e todo o resto não se destacar. Toda a ciência tem que dar as mãos juntos”, ressalta. Sua equipe desenvolveu o GAP (Guia de Aperfeiçoamento de Praças), que vai trabalhar soluções para locais como o Bosque Municipal Marechal Cândido Rondon. “Antigamente o lugar era um local de passeio, mas hoje poucas pessoas frequentam. Vamos estudar uma solução para as pessoas voltarem a frequentar o local. Queremos ressignificar o Bosque”, destaca.

A aluna do 2º ano do Ensino Médio Colégio Sesi Internacional de Londrina, Júlia dos Santos Souza, 16 anos, participa pela quinta vez da competição.
A aluna do 2º ano do Ensino Médio Colégio Sesi Internacional de Londrina, Júlia dos Santos Souza, 16 anos, participa pela quinta vez da competição. | Foto: Vítor Ogawa/Grupo Folha

Valores fortes

O diretor do Colégio Sesi Internacional, João Paulo Alves Silva, ressalta que a competição tem valores fortes de solidariedade e empatia. “Isso colabora para o desenvolvimento de nossos adolescentes”, aponta. “Nós, como equipe pedagógica, valorizamos os valores que a competição traz e que culmina nessa felicidade, alegria e animação. Claro que tem também a frustração, quando o robô não funciona como eles gostariam que funcionasse”, destacando que isso também faz parte do aprendizado.

“A etapa estadual será em fevereiro e é bastante importante para eles. Quem for escolhido para representar a região, continua na preparação, mesmo nas férias.O grupo continuará aperfeiçoando os robôs, porque a etapa paranaense tem um nível de dificuldade maior. Geralmente os alunos não param até fevereiro”, destaca.

Robôs são construídos com kits específicos para a competição.
Robôs são construídos com kits específicos para a competição. | Foto: Vítor Ogawa/Grupo Folha

A representante da gerência executiva de educação do Sistema Fiep, Mariane Oliveira, explica que este ano o desafio é construir cidades inteligentes. “Na FLL usam um kit específico e todo ano tem um tema e para esta temporada o tema é City Shaper, para que eles encontrem soluções para mudar o mundo que a gente vive. Os grupos recebem um kit com um tapete e com missões que conseguem ser montadas para que os robôs cumpram essas missões relacionadas dentro desse tema e resolva a problemática proposta”, destaca. Os grupos com maior pontuação são classificados para a etapa estadual, que será realizada de 13 a 15 de fevereiro de 2020.

Competidores de fora

O competidor Vítor Henrique Mendes, 16, da equipe Lego Power, que possui dez integrantes e veio de Jaguariaíva. “A gente está desde o primeiro ano do Sesi competindo contra gente da nossa cidade mesmo. Só de vir para cá é divertido, pois a gente consegue ver outras equipes que batalharam para chegar aqui e fazendo o melhor de si”, destaca. Segundo ele, para se tornar uma equipe é muito difícil no início, porque são pessoas que não eram de seu convívio. “Só depois que a gente vai se tornando amigo mesmo. Vira parceiro e vai para todo lugar junto”, destaca. Para ele a competição dá um nervosismo, mas a energia é muito boa. “Mas se a pessoa tiver cabeça fechada para o trabalho em equipe não consegue ir longe. A lição que a gente tira desse trabalho é confiar nos amigos, mesmo que você ache que ele esteja errado, é preciso deixar ele testar pelo menos uma vez sua ideia e ver outros pensamentos para agregar e fazer o trabalho juntos, senão não consegue desenvolver esse trabalho”, destaca. Ele relata que a sua equipe vem de uma regional um pouco mais fraca que Londrina. “Aqui o nível de todos é muito alto. Todas as equipes tinham praticamente as mesmas missões e ficamos trocando ideias”, destaca.

Jovens são desafiados a construir e projetar robôs para cumprir missões específicas, como também a propor soluções concretas para os problemas discutidos.
Jovens são desafiados a construir e projetar robôs para cumprir missões específicas, como também a propor soluções concretas para os problemas discutidos. | Foto: Vítor Ogawa/Grupo Folha

Roberto Moura Junior, 17, do Colégio Sesi da unidade de Bandeirantes é da equipe Blackout Pro e disputou a competição FTC. Ele explica que na FTC o robô é mais elaborado que na FLL. “A gente pode usar peças próprias ou usar o kit que entregam para a gente”, destaca. “É um evento novo que tem faixa etária maior que a FLL. A etapa regional conta muito com o planejamento da equipe para atividades futuras. A competição pede ações sociais e como nosso colégio tinha pegado fogo e está voltando às atividades, plantamos árvores lá para retirar 200 kg de carbono por ano. A gente também visitou asilo de nossa cidade e passamos uma tarde com os idosos para dar atenção a eles. A gente também foi ler livros com crianças de um CMEI e depois as crianças pediram para voltar para lá. Relatamos tudo isso no nosso caderno de engenharia”, destaca.

Cerca de 220 pessoas participaram na última segunda (2) e nesta terça-feira (3) da 3ª microsseletiva regional do Torneio de Robótica – FLL (First Lego League) e FTC (First Tech Challenge), realizada no Colégio Sesi Internacional de Londrina.
Cerca de 220 pessoas participaram na última segunda (2) e nesta terça-feira (3) da 3ª microsseletiva regional do Torneio de Robótica – FLL (First Lego League) e FTC (First Tech Challenge), realizada no Colégio Sesi Internacional de Londrina. | Foto: Vítor Ogawa/Grupo Folha

Segundo ele, os mentores do grupo aconselham que não adianta nada ter um desempenho bom com robôs na mesa se a equipe não tem união e não atingiu as outras metas propostas pelo desafio. “Em momento algum a gente deve passar por cima de outras equipes ou se sentir superior. Não devemos ser ruins com outras equipes. Aqui na FTC, as equipes ficam todas juntas. Todo mundo fica brincando, dançando e ajudando as outras equipes. Usando esses valores que a gente construiu nosso diário de engenharia”, aponta.