'Todos têm o sonho da casa própria’, afirma moradora do Vila Romana

Na Vila Romana, zona leste de Londrina, 19 imóveis foram repassados oficialmente às famílias no final de dezembro pelo poder público. São pessoas que têm renda de até R$ 2,6 mil por mês, se enquadrando na faixa 1,5 do programa federal Minha Casa, Minha Vida. Um dos primeiros moradores foi o aposentado Sebastião Pereira, que se mudou com a esposa Romilda logo após receber as chaves.

Antes da conquista, Pereira vivia no Alto da Boa Vista, na zona norte, onde pagava aluguel. Apesar das moradias entregues se enquadrarem em financiamento habitacional, Pereira contou que aguardava por um imóvel por meio da Cohab (Companhia de Habitação) há três décadas. “É uma residência com tamanho ótimo para mim e a esposa”, destacou. “Agora espero tranquilidade e poder viver bem e viajar de moto, que gosto”, projetou.

As unidades têm 43 metros quadrados de área construída e contam com dois quartos, sala, cozinha, banheiro adaptado para deficientes e uma área de serviço, além de espaço nos fundos. As moradias não contam com muro ou portão e, mesmo fazendo parte de um mesmo lote de entrega, são espalhadas por ruas diferentes do bairro. Cada uma custou R$ 90 mil, em que o terreno foi concedido pelo município e a Caixa Econômica Federal subsidiou até R$ 36 mil e ofertou financiamento facilitado.

A grande maioria das famílias ainda não se mudou para as casas. Muitas estão promovendo melhorias, como construção de muros e até ampliação, como é o caso do autônomo Willian Aroldo Belodi. “Acompanhei toda a construção. A escritura veio com um plano de ampliação já assinado pelo engenheiro. Então, estou aproveitando para mudar com a casa como quero”, explicou ele, que está aumentando a cozinha e construído mais um quarto, com suíte.

A previsão é que tudo termine daqui a 30 dias, quando vai se transferir com a mãe, de 74 anos. “Hoje moramos na Vila Casoni (área central) e pagamos aluguel de R$ 800 por mês. É a primeira vez que tenho uma casa própria. Já estou com 44 anos e quando aposentar e chegar na terceira idade quero a segurança de ter onde morar”, valorizou.

Já a operadora de máquinas Lucélia Inácio dos Santos aproveitou a semana do Ano Novo e as férias coletivas para, com o marido, Marcelo da Silva, expandir a cozinha. “Já fizemos o muro e terminando esta parte da cozinha me mudo até o final da semana”, disse. Atualmente no Vivi Xavier, zona norte, está num imóvel nos fundos da residência da mãe.

Para Santos, a oportunidade ficou acima das expectativas e coube no seu orçamento. “Fiquei na fila da Cohab por muitos anos por não saber os trâmites para conseguir uma unidade ou demostrar interesse. Agora consegui. Não precisei dar entrada e a prestação é menos de R$ 400. É um lugar bom, com farmácia e mercado perto, na mesma região da cidade do meu serviço”, elencou. “Fiquei contente e satisfeita quando deu tudo certo, porque todos têm o sonho da casa própria. Espero ser feliz aqui.”