Tiago assume com 20 obras da gestão passada para terminar
Doze projetos deveriam ter os trabalhos concluídos no ano passado, porém, ficaram para o novo prefeito de Londrina inaugurar em razão de atrasos
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quinta-feira, 02 de janeiro de 2025
Doze projetos deveriam ter os trabalhos concluídos no ano passado, porém, ficaram para o novo prefeito de Londrina inaugurar em razão de atrasos
Pedro Marconi

A gestão Marcelo Belinati (PP) chegou ao fim na terça-feira (31) deixando 20 grandes obras estruturantes em andamento para a administração do prefeito Tiago Amaral (PSD) terminar e inaugurar durante 2025. Destas, 12 deveriam ter ficado prontas ainda em 2024, entretanto, por conta de frequentes atrasos no decorrer das intervenções houve prorrogação do período de conclusão.
Entre elas estão algumas bandeiras do ex-chefe do Executivo, como os prontos atendimentos 24 horas, anunciados ainda em 2022 como uma das principais conquistas da cidade nos últimos anos. As obras das unidades nas regiões norte, leste e sul tiveram início nos primeiros meses do ano passado e a data de entrega seria entre outubro e dezembro. No entanto, os percentuais de execução dos prédios estão abaixo do esperado: 42%, 37% e 25%, respectivamente.
Outro projeto que não ficou pronto a tempo e que era considerado pela antiga administração um legado é a Cidade Industrial, na zona norte. O desfecho dos trabalhos era projetado para dezembro, o que não aconteceu. Quarenta e sete dos 52 lotes já foram vendidos para empresas e indústrias interessadas em se instalar no espaço, que tem investimento de R$ 31 milhões entre recursos do município e do Estado.

Duplicações de impacto na rotina dos motoristas também só serão vistas por completo neste ano por consequência de aditivos: a da avenida Octávio Genta, que vai interligar a região da Gleba Palhano a Waldemar Spranger, e da avenida Saul Elkind, perto do jardim São Jorge.
Demanda antiga dos pacientes, a reforma da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim do Sol, na zona oeste, terá que ser solucionada em 2025. Uma empresa para realizar as melhorias já foi contratada, mas os serviços estão à espera de uma sede provisória. A prefeitura negociava com a Iscal (Irmandade Santa Casa) para transferir os atendimentos para a antiga estrutura do hospital Mater Dei, na avenida Bandeirante, porém, a negociação não teve acordo e foi cancelada. Caberá a nova equipe da secretaria municipal de Saúde encontrar um lugar.
Questionado pela FOLHA, Belinati negou qualquer tipo de frustração por não ter conseguido entregar as obras antes do fim do mandato. “O importante é a população ter o benefício. Não me preocupo com isso, vou ficar feliz em ver o que foi construído funcionando e saber que ali tem muito trabalho da nossa equipe para ser concretizado. Uma obra quando começa tem, pelo menos, dois anos anteriores de muito trabalho, que é buscar o recurso, o projeto, processo licitatório”, frisou.
ESCOLAS MUNICIPAIS
Já entre os projetos que têm previsão de término no decorrer deste novo ano, seguindo o que foi estabelecido em contrato, estão a revitalização do Parque Arthur Thomas; a pavimentação da rua Constantino Pialarissi, ao lado da UEL (Universidade Estadual de Londrina); a reforma no Centro Cultural da Zona Sul, na avenida Guilherme de Almeida; e a reconstrução de quatro escolas municipais, que eram de madeira e serão de alvenaria.
‘COMPROMISSO’
A nova administração destacou que o “compromisso é dar continuidade e concluir obras já iniciadas, licitadas ou com projetos prontos”. “Muitas das obras da antiga gestão, por exemplo, tiveram origem em projetos da gestão Alexandre Kireeff. O londrinense quer ver resultados, quer obras concluídas e funcionando, independentemente de quem começou. Quando falo em construir um novo tempo para Londrina, isso é, acima de tudo, ter responsabilidade com a população. Vamos colocar foco sempre no benefício aos londrinenses”, garantiu, por meio de nota.
MAIS FISCALIZAÇÃO
Com a lentidão frequente em obras públicas do município, Tiago Amaral afirmou que vai adotar medidas para evitar demoras e custos excessivos. “Vamos monitorar os contratos de forma mais rigorosa desde o início, identificando qualquer sinal de descumprimento de prazo desde a fase de projetos. Se a empresa demonstrar dificuldade em cumprir o cronograma, a ideia é agir rapidamente. Vamos reforçar a fiscalização e acompanhar o andamento das obras em tempo real, com relatórios regulares e transparência para a população”, elencou. “Precisamos, ainda, trabalhar com empresas que tenham histórico de eficiência e, quando necessário, penalizar quem não cumprir os prazos”, acrescentou.

