O Prefeito de Londrina, Tiago Amaral (PSD), foi até o Calçadão de Londrina para a inauguração oficial da base de apoio da GM (Guarda Municipal) na manhã desta segunda-feira (26). Ele comemorou a crescente “sensação de segurança” na região central da cidade e comentou sobre a greve dos professores das creches filantrópicas, que começou no dia 13 de maio e foi suspensa no dia 16 por determinação do Tribunal de Justiça.

Amaral explica que o município já repassou o reajuste de 4,77%, respectivo à inflação, previsto em contrato para as entidades filantrópicas que coordenam os CEIs (Centros de Educação Infantil) filantrópicos, o mesmo índice dado às professoras que atuam na rede municipal e que são concursadas.

O que vem sendo discutido nesse momento, de acordo com Amaral, é o que poderia ser feito além do que está estabelecido em contrato. “É importante que essa discussão aconteça junto aos sindicatos porque quem paga esse reajuste não é o município, quem paga são as entidades”, aponta, detalhando que são as entidades que negociam com o município.

“Façam o caminho correto das relações trabalhistas para que a gente não tenha nenhuma inviabilização do nosso processo de reorganização, da qualificação e da valorização dos nossos trabalhadores”, pede.

No dia 16 de maio, após reunião no Ministério Público, os sindicatos que representam as entidades e os professores apresentaram uma proposta de reposição salarial de 4,77% para este ano, respectiva à inflação, além de outros 5%, sendo 3% deve ficar a cargo do município e 2% com as entidades. No caso daquelas que não tiverem recurso, os 2% deverão ser custeados também pela administração, sendo que o reajuste para 2025 ficaria na casa dos 9,77% para todas as professoras da rede. Para 2026 e 2027, o reajuste seria de 10%, além do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).

Na última quinta-feira (22), o Tribunal de Justiça do Paraná deu 48 horas para a Prefeitura de Londrina responder à proposta feita pelos sindicatos. Sobre isso, Amaral disse que um contrato de prestação de serviço é negociado de maneira geral, sendo que, na sequência, a entidade, nesse caso, repassa os salários dos professores.

Por isso, o prefeito pede que um novo documento seja enviado com os valores per capita do reajuste. “Após uma assembleia, o que a gente pede é que eles tragam o quanto eles precisam da per capita a mais por parte do município. Aí a gente consegue discutir”, reforça, citando que o contrato atual com as entidades está no valor de quase R$ 75 milhões.

Em Londrina são 63 creches filantrópicas, onde trabalham cerca de 1,4 mil professoras.

GM NO CALÇADÃO

Na visão do prefeito Tiago Amaral, a base de apoio da GM e a Operação Choque de Ordem vêm apresentando resultados positivos e permitindo com que as pessoas voltem a transitar no centro de Londrina. Ao todo, segundo ele, a Guarda Municipal já fez 300 prisões desde o início da operação, em janeiro, assim como recuperou 18 veículos roubados, apreendeu 73 quilos de droga e reduziu para quase zero o número de mocós no centro da cidade. “É isso que faz as pessoas voltarem para as ruas, voltarem a se sentir tranquilas em ir e vir”, ressalta.

Secretário de Defesa Social, Felipe Juliani reforçou que a função da base é dar apoio aos agentes da Guarda Municipal, principalmente os que atuam na Patrulha Central, responsável pela fiscalização no quadrilátero central da cidade 24 horas por dia.

A base foi pensada para ser um espaço para que o agente faça o registro de Boletins de Ocorrência, assim como fazer refeições e utilizar os banheiros. Antes, de acordo com Juliani, o guarda precisava se deslocar até as regiões norte ou sul. “Ele não precisa mais cortar a cidade ou se colocar em perigo durante o deslocamento porque ele vai estar aqui próximo”, explica, detalhando que a Patrulha Central é composta por 15 agentes.

Por ser uma base de apoio, Juliani destaca que nenhum guarda ficará fixo na unidade. “Na minha visão, é melhor um guarda na rua abordando e trazendo segurança para o povo do que parado aqui numa base”, reforça.

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