O governador do Paraná, Ratinho Junior, esteve em Londrina na manhã desta quinta-feira (1º) para formalizar a compra do terreno de 12 mil metros quadrados, onde será construído o Terminal Metropolitano. A cerimônia foi no local, na esquina da avenida Leste-Oeste com a rua Bahia, em frente ao Terminal Central. O espaço, onde hoje existe um barracão sem uso, pertencia à Companhia Intercontinental de Café.

A área foi desapropriada por R$ 19 milhões, recurso do Governo do Estado. “É o início da realização de um sonho de muito tempo da população, em especial quem utiliza o transporte coletivo de Londrina e região metropolitana. Há bastante tempo estávamos trabalhando para achar uma área que pudesse atender o novo terminal e conseguimos avançar nessa negociação, convencendo os proprietários”, destacou o governador.

Atualmente, passageiros que vêm de Ibiporã, Rolândia, Cambé e Jataizinho precisam ficar em pontos de ônibus comuns espalhados na Leste-Oeste à espera dos coletivos. Em 2022, entidades de classe entregaram o anteprojeto do terminal para Ratinho Junior, no entanto, o documento serviu como um croqui do que se pretende construir. O projeto de estudo de concepção e o anteprojeto oficial, que deverão dar as bases da obra, serão contratados a partir de licitações previstas para os próximos semanas. O custo deve ser de R$ 300 mil.

“É o estudo de concepção que vai trazer para qual o lado será a saída e entrada do terminal, quantas plataformas vão ser implantadas, com que tipo de atividade comercial e serviço público o terminal vai contar. A partir daí tem o projeto que é o estrutural, arquitetônico, hidráulico e elétrico”, explicou Gilson Santos, presidente da Amep (Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná).

Evento marcou a liberação do dinheiro para a área do terminal e construção dos prontos atendimentos
Evento marcou a liberação do dinheiro para a área do terminal e construção dos prontos atendimentos | Foto: Pedro Marconi

A expectativa é de que o edital para construção do terminal seja publicado até o final do ano, com os serviços tendo prazo de cerca de 20 meses para acabar, ou seja, a projeção de entrega é 2026. “O terminal metropolitano começa a se viabilizar. Com o projeto executivo vamos ter ideia do tamanho do valor da obra. Mas não faltará recurso”, garantiu à FOLHA o secretário de Estado das Cidades, Eduardo Pimentel.

PASSARELA

A reivindicação de Londrina é de que seja feita uma passarela interligando o Terminal Central ao Metropolitano. “Claro que os técnicos estão avaliando a possibilidade legal de se fazer isso, mas é um momento histórico que vai trazer mais conforto para as pessoas que vêm para Londrina, para buscar o sustento”, afirmou o prefeito Marcelo Belinati. A Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná classificou a ideia como viável.

Belinati também ressaltou a importância de um bilhete único no transporte coletivo metropolitano. “Isso pode ser estudado também. Já tem em Curitiba e existe, inclusive, um subsídio. É uma parceria entre a Prefeitura de Curitiba e o Governo do Paraná para que haja essa integração e para que diminua o custo para as pessoas”, comentou. O governador disse que hoje não existe um “estudo aprofundado” sobre essa possibilidade.

PRONTOS ATENDIMENTOS

Ratinho Junior também assinou durante o evento a liberação de R$ 10,3 milhões para a construção dos prontos atendimentos 24 horas das zonas leste, norte e sul. Os R$ 6 milhões restantes serão bancados pela prefeitura. Os prédios vão ficar em frente à rotatória do cruzamento da avenida dos Pioneiros com Jamil Scaff, no final da avenida Saul Elkind, perto do São Jorge, e na avenida Guilherme de Almeida, no antigo Pavilon, respectivamente.

Em janeiro, matéria da Folha de Londrina mostrou que apenas a unidade da região sul ainda não teve a obra iniciada por conta do aguardo para a erradicação de árvores, o que persiste neste começo de fevereiro. “É uma planta (de construção) de mais de 800 metros quadrados do Governo Paraná. Londrina contratou os projetos com todo o entorno. É um salto de qualidade para a população, que vai ter atendimento durante todo o dia, facilitando o encaminhamento para os hospitais”, pontuou Beto Preto, secretário de Estado da Saúde.

Segundo o governo estadual, cada unidade terá 800 metros quadrados de área, com capacidade para realizar cerca de 2,1 mil atendimentos mensais de baixa e média complexidade. O pronto atendimento terá a oferta de consultas e triagem, exames, suturas e atendimento de emergência, além de aplicação de medicamentos e apoio diagnóstico para pacientes.

ARAPONGAS

Após a passagem por Londrina, o governador e a comitiva formada por deputados e secretários estaduais foram para Arapongas (Região Metropolitana de Londrina), para a inauguração do novo pronto-socorro do Honpar (Hospital Norte Paranaense) e vista a Movelpar Home Show.