Técnicos investigam mancha no litoral
Michele Muller
De Curitiba

Técnicos do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) continuam acompanhando o deslocamento da mancha de óleo vegetal que apareceu no mar, na divisa entre os litorais paranaense e paulista. A equipe percorreu, ontem pela manhã, 60 quilômetros em direção ao alto mar, onde a substância se encontra. Ambientalistas temem que ela avance até a região do Parque Nacional de Superagui (PR), Iguape e Cananéia (SP), alguns dos maiores berços ecológicos do País.
Cerca de 1,2 milhão de litros de óleo – quantidade semelhante a derramada pela Petrobras na Baía de Guanabara (RJ) – formam a grande mancha amarelada tem extensão total de 40 quilômetros, largura de cerca de 150 metros e profundidade de seis metros. Desde que foi avistada, na última quinta-feira, por um piloto de avião, vem se distanciando da costa. Segundo o presidente do IAP, José Antônio Andreguetto, o ideal seria que ela continuasse cada vez mais longe da beira-mar, onde existe mais concentração de fauna aquática. Com o tempo, a mancha deve de desintegrar até desaparecer totalmente.
O governo do Estado vai continuar investigando a causa do problema. O mais provável é que o óleo tenha sido despejado no mar por algum navio, ainda não identificado, com problemas mecânicos. Andreguetto afirma que o comandade responsável deve ser punido. Mesmo que tenha havido uma rachadura de casco, ele deveria ter entrado em contato com a Capitania dos Portos da Marinha para que órgãos ambientalistas fossem imediatamente acionados.
Até o final da tarde de sexta-feira, técnicos acreditavam que a mancha era composta de óleo mineral. Nesse caso, os danos ao meio ambiente seriam de 90% a 95% maiores.