São quase 400 quilômetros que separam a pequena Laura, 4, de sua casa. Mas o caminho que ela e toda família vêm percorrendo desde os dois anos, quando foi diagnosticada com anemia de Fanconi (rara doença genética), ainda tem um longo percurso.

Nesta quarta-feira (8), Laura passará por um transplante de medula óssea e deverá permanecer mais 100 dias longe de casa para os cuidados pós-cirurgia. A família é de Cambira (Noroeste) e vem sendo acompanhada no Hospital das Clínicas de Curitiba.

DOENÇA GENÉTICA

A anemia de Fanconi é uma doença rara, caracterizada por mal formações congênitas observadas no nascimento, falência progressiva da medula óssea e predisposição ao câncer. Alterações que geralmente são notadas nos primeiros anos de vida da criança.

Apesar de poder apresentar diversos sinais e sintomas, como alterações nos ossos, manchas na pele, comprometimento renal, baixa estatura e maiores chances de desenvolvimento de tumores e leucemia, esta doença é chamada de anemia pois a sua principal manifestação é a diminuição da produção das células sanguíneas pela medula óssea.

Desde que receberam o diagnóstico, os pais de Laura passaram a dedicar maior parte do dia a dia aos cuidados com a filha. O pai Anderson Gustavo da Silva, que é designer gráfico, passou a trabalhar de casa, como autônomo. “Quando os médicos falaram para nós que teria que ser feito o transplante e ficar mais 100 dias em Curitiba, começamos a fazer algumas ações que pudessem nos ajudar financeiramente. Existe a casa de apoio vinculada ao hospital, mas ela só poderia ter um acompanhante e temos nosso caçula Daniel, de 2 anos. Além disso, queremos evitar qualquer complicação nos cuidados pós-transplante”, conta a mãe Talita Suelen da Silva Oliveira da Cruz, 29.

Imagem ilustrativa da imagem 'Super Laura': família de Cambira busca ajuda para tratamento da filha
| Foto: Divulgação/Arquivo pessoal

RIFA

Os pais de Laura já realizaram um bazar de roupas usadas, sorteios e agora estão vendendo uma rifa a R$ 10, para arcar com as despesas de moradia, alimentação, medicamentos e deslocamento. “Nossa casa de Cambira é alugada e depois desses três meses vamos voltar para a casa. Ainda não achamos um lugar para ficar em Curitiba, porque é muito difícil achar quem alugue por um período curto, mas estamos confiantes que tudo dará certo”, diz.

Ao todo, são 500 números de rifa, mas até o momento a família vendeu somente 70. Para ajudar nas arrecadações e contar um pouco da história da filha, os pais criaram o perfil no Instagram “Super Laura”. Mãe e filha estão no hospital há mais de uma semana porque, antes do transplante, Laura passou por sessões de quimio e radioterapia.

A família teve uma boa surpresa ao saber que Talita poderá ser a doadora da filha. “As expectativas são boas. Graças a Deus eu posso doar, pois sei que têm muitas pessoas que não tem a mesma sorte, que não encontram doadores. Por isso, meu apelo é que as pessoas busquem orientações e sejam doadoras de medula. É um ato importante para muitas famílias”, afirma.

Imagem ilustrativa da imagem 'Super Laura': família de Cambira busca ajuda para tratamento da filha
| Foto: Micaela Orikasa - Grupo Folha

SERVIÇO: Quem puder e quiser colaborar com as despesas do tratamento da Laura, pode entrar em contato com a Talita, pelo (44) 9 9768-6839 (WhatsApp) ou fazer um pix para Anderson Gustavo da Silva. A chave PIX é 08076879957.

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