O caso do menino Leandro Bossi, que desapareceu em Guaratuba três meses antes do sumiço de Evandro Ramos Caetano, também continua sem solução até hoje. Uma ossada encontrada próxima ao local onde estava o corpo de Evandro Caetano, no bairro Carvoeiro, em Guaratuba, foi identificada na época pelas roupas como sendo de Leandro. Mais tarde descobriu-se, no entanto, que a ossada vestida com a camiseta e a cueca de Leandro era na verdade de uma menina. Até agora, seis anos depois, a polícia ainda não conseguiu identificar quem era a menina nem descobriu o paradeiro do garoto.
Leandro tinha oito anos quando desapareceu no dia 15 de fevereiro de 1992 durante um show musical na praia central de Guaratuba. A ossada encontrada, que foi remontada no Instituto Médico Legal, tinha apenas 75% dos ossos. Segundo os peritos que realizaram o exame na época, o corpo foi encontrado sem os ossos das mãos, dos pés e do peito (esterno). Na época, a polícia chegou a relacionar os dois crimes, afirmando que Osvaldo Marcineiro, Vicente de Paula e Davi Soares teriam confessado que Celina Abagge havia encomendado o sequestro de Leandro. A hipótese não foi confirmada e a ligação entre os crimes acabou sendo abandonada.
O caso sofreu outra reviravolta em 96, quando um menino que morava em Manaus chegou a Curitiba dizendo ser Leandro. Ele acabou sendo desmascarado dias depois e aceitou voltar para casa, de onde havia fugido. Atualmente, o inquérito que investiga a morte de Leandro Bossi continua sendo presidido pelo delegado Harry Carlos Herbert, do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride). A polícia não tem nenhuma informação sobre o que pode ter acontecido com o garoto. (C.P.)