Sou homem, tenho 69 anos e me filiei à Previdência Social em 1975. Não consegui a aposentadoria, pois me disseram que no momento não tinha carência e somente 13 anos de contribuição. Como solucionar o caso?



  ­Dois re­qui­si­tos são im­por­tan­tes pa­ra se apo­sen­tar por ida­de: a ida­de e a ca­rên­cia. Pa­ra o pri­mei­ro ca­so, é in­dis­pen­sá­vel que o se­gu­ra­do te­nha no mí­ni­mo 65 ­anos de ida­de, se ho­mem, ou 60 ­anos, se mu­lher. Quan­to à ca­rên­cia, es­ta é cum­pri­da quan­do há um tem­po mí­ni­mo de con­tri­bui­ção por par­te do se­gu­ra­do jun­to à Pre­vi­dên­cia So­cial.
  Pa­ra os se­gu­ra­dos in­gres­san­tes no Re­gi­me Ge­ral da Pre­vi­dên­cia So­cial (­RGPS) a par­tir de 24 de ju­lho de 1991, a ca­rên­cia exi­gi­da é de 180 con­tri­bui­ções. Já pa­ra aque­les que se fi­lia­ram à Pre­vi­dên­cia an­tes da men­cio­na­da lei, a re­gra es­ta­be­le­ci­da é de 60 con­tri­bui­ções pa­ra os que atin­gi­ram ida­de mí­ni­ma en­tre 1991 e 1992, au­men­tan­do tal ín­di­ce em 6 me­ses pa­ra ca­da ano de ida­de, quan­do en­tão, em 2011, to­ta­li­za­rá 180 con­tri­bui­ções.
  No ca­so re­la­ta­do, não há o que se ques­tio­nar em re­la­ção à ida­de, já que es­ta foi cum­pri­da há qua­tro ­anos. Po­rém, o ­INSS não faz a mes­ma aná­li­se em re­la­ção à ca­rên­cia, ­pois, pa­ra o ano de 2009, o se­gu­ra­do apre­sen­ta so­men­te 13 ­anos de con­tri­bui­ção, sen­do hi­po­te­ti­ca­men­te ne­ces­sá­rio 14 ­anos.
  Ocor­re que na es­fe­ra ju­di­cial a maio­ria en­ten­de que, já com­ple­ta­da a ida­de, a ca­rên­cia exi­gi­da cor­res­pon­de ao fa­tor apli­ca­do no mo­men­to em que o re­qui­si­to ida­de, de 65 ­anos, pa­ra o ho­mem, te­nha si­do atin­gi­do.
  As­sim, pa­ra o ano de 2005, quan­do o se­nhor ha­via com­ple­ta­do 65 ­anos e a ca­rên­cia exi­gi­da era de 12 ­anos de con­tri­bui­ção, ha­via di­rei­to, de acor­do com a aná­li­se da jus­ti­ça, ao re­que­ri­men­to da Apo­sen­ta­do­ria por Ida­de.
  Des­se mo­do, ain­da que trans­cor­ri­dos qua­tro ­anos pa­ra o re­que­ri­men­to, há gran­de pos­si­bi­li­da­de de se ob­ter a apo­sen­ta­do­ria, ten­do em vis­ta a in­ter­pre­ta­ção de que uma vez ad­qui­ri­do o di­rei­to, es­te não po­de ser ques­tio­na­do.
An­dré Be­ne­det­ti - ad­vo­ga­do (Lon­dri­na)